Bancos
Empréstimo vetado: Descubra o grupo excluído pelos bancos!
O CNSP permitiu a redução das taxas de juros para esse grupo, motivo pelo qual os bancos não querem oferecer empréstimos para esse perfil.
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma redução no valor da taxa de juros apenas para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Essa redução acabou por não agradar aos bancos, tanto públicos quanto privados, que, por sua vez, decidiram não ofertar mais o serviço para esse grupo.
Isso porque as taxas de juros, antes em 2,14%, caiu para 1,70% ao mês para esses beneficiários do INSS. Essa decisão do CNPS foi publicada no Diário Oficial da União e, apenas dois dias depois, já trouxe repercussão entre os ministros.
O motivo é que quem teria sugerido a baixa nos juros desse grupo foi o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O principal motivo de conflito é a reação negativa por parte dos bancos. O atrito entre os atuais ministros acontece, pois Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se desagradou com a decisão tomada por Lupi.
Segundo fontes, até mesmo o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) não gostou da situação, visto que havia apenas liberado o assunto para discussão.
Na segunda-feira (20), Haddad se encontrou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a fim de encontrar uma solução que fique no “meio-termo”.
Segundo a CNN, uma das possibilidades a ser discutida é um novo teto de juros que seja viável também para as instituições bancárias.
Sem empréstimo para aposentados e pensionistas
Com a baixa da taxa de juros publicada, diversos bancos começaram a se pronunciar em seus canais, afirmando que não iriam mais ofertar o serviço aos beneficiados do INSS.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), ofertar ou não empréstimos é uma decisão que cabe a cada instituição. “Cada banco associado segue sua estratégia comercial de negócio na concessão ou não da linha de crédito consignado para beneficiários do INSS”, é o que informa.
Até mesmo a Caixa Econômica Federal, que cobrava desse grupo 1,80%, decidiu parar de oferecer o serviço após a diminuição da taxa de juros. O Banco do Brasil também tomou a mesma decisão.
Já as centrais sindicalistas acreditam que esse movimento dos bancos é uma “chantagem” e que os aposentados e pensionistas do INSS não podem sair prejudicados.
Servidores públicos
Na contramão, os servidores públicos continuarão podendo contratar os serviços de empréstimo consignado, esses com até mesmo juros menores que 1,70%.
Esse tipo de operação tem o valor das parcelas descontadas diretamente do salário do trabalhador, de forma a garantir que o banco não seja prejudicado, possibilitando juros bem menores.
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