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Endividado e sem crédito, brasileiro mantém intenção de consumir

É o que atesta pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC, que sobe 2,6% em junho

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Mesmo endividados e enfrentando restrições de crédito, os brasileiros (aqueles que não desistem nunca), estão mais otimistas com as perspectivas do mercado de trabalho e com maior disposição de irem às compras.

O perfil foi traçado na pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada, nesta quinta-feira (22), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta elevação de 2,6% do indicador em junho, em relação ao mês anterior, que já havia crescido 2,4% ante fevereiro deste ano.

Apesar da melhoria do quadro, os dados compilados pela CNC não atestam uma recuperação no nível de vendas, que têm desacelerado, sobretudo nos segmentos de varejo e de serviços, haja vista que os juros altos continuam a ser um grande impedimento para alavancar o consumo.

Ao chegar aos 97,3 pontos neste mês, o IFC ainda está aquém da marca de 100 pontos (numa escala de até 200 pontos), que separa insatisfação de satisfação. Em relação a igual mês do ano passado, o avanço do indicador é mais significativo, de 21,3%.

Por definição, a intenção de consumo é um indicador que antecipa o potencial das vendas do comércio, mediante apuração mensal. Seus resultados servem para medir o grau de satisfação ou de insatisfação dos consumidores.

Decorrentes da análise 18 mil questionários coletados a cada mês, os dados são compilados com base em sete indicadores básicos: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo); dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional); avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

Outra conclusão relevante do estudo de junho mostrou, pelo terceiro mês consecutivo, que todos os indicadores cresceram, nas comparações mensal e anual, em que quatro dos sete pesquisados estão situados no quadrante positivo (acima de 100 pontos): satisfação com emprego; renda atuais; perspectiva profissional e perspectiva de consumo.

Dentre todos os indicadores, a pesquisa da CNC apontou que a perspectiva profissional foi o que apresentou a maior alta em junho: 4,9%, ao atingir 122,3 pontos, maior nível desde março de 2015. Já a satisfação com o emprego atual, outro indicador positivo, reflete a expansão do número de vagas formais pelos setores de serviços e de construção civil, que responderam pela contratação de profissionais com maior escolaridade. Embora tenha avançado 6,5% este mês, o indicador que mede a intenção de compra de duráveis permanece abaixo dos 100 pontos, na faixa dos 57,8 pontos, em decorrência da seletividade e do custo alto do crédito, que vem limitando muito a aquisição desse tipo de produto.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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