Conecte-se conosco

Carreira

Ensino superior: quais carreiras têm os piores (e melhores) salários?

Profissionais com ensino superior no Brasil vivenciam disparidades salariais, com médicos e engenheiros no topo, enquanto educadores e assistentes sociais têm os menores salários.

Publicado

em

Ingressar em uma faculdade é um passo importante na busca por uma carreira promissora e maior estabilidade financeira. No Brasil, a conclusão de um curso no ensino superior está frequentemente associada à expectativa de melhores rendimentos.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), trabalhadores com graduação tendem a receber salários mais elevados em comparação com aqueles que possuem apenas o ensino médio.

No entanto, não é garantido que todos os graduados desfrutem de remunerações substancialmente altas. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) identificou profissões de nível superior que, apesar de exigirem formação acadêmica, oferecem alguns dos piores salários no país.

Um olhar sobre os dados do segundo trimestre de 2023 revela que, embora a educação superior resulte em ganhos financeiros para muitos, existe uma discrepância significativa entre as ocupações que lideram em remuneração e aquelas que ficam aquém.

Profissões do ensino superior com menor remuneração

 Os piores salários de profissões com ensino superior no Brasil
Professor de educação infantil tem curso superior, mas salário é baixo. Imagem: Pixabay

O relatório da FGV/Ibre apresentou uma análise detalhada dos salários de diversas profissões no Brasil.

Entre as ocupações com os menores rendimentos, destacam-se os professores do ensino pré-escolar e os educadores para necessidades especiais.

Os salários médios destas carreiras não ultrapassam os R$ 3.578 mensais.

  • Professores do ensino fundamental: R$ 3.554
  • Educadores para necessidades especiais: R$ 3.379
  • Assistentes sociais: R$ 3.078
  • Físicos e astrônomos: R$ 3.000
  • Profissionais de relações públicas: R$ 3.426
  • Outros profissionais de ensino: R$ 2.554
  • Fonoaudiólogos e logopedistas: R$ 3.485
  • Bibliotecários, documentaristas e afins: R$ 3.135
  • Outros professores de música: R$ 3.578
  • Outros professores de artes: R$ 2.629
  • Professores do ensino pré-escolar: R$ 2.285
  • Profissões com maior remuneração

    Por outro lado, as áreas da saúde e da engenharia continuam sendo os segmentos mais lucrativos. Médicos especialistas, matemáticos, atuários e estatísticos estão entre os profissionais mais bem pagos.

    As estatísticas revelam que essas carreiras permanecem bastante valorizadas.

  • Médicos especialistas: R$ 18.475
  • Matemáticos, atuários e estatísticos: R$ 16.568
  • Médicos gerais: R$ 11.022
  • Geólogos e geofísicos: R$ 10.011
  • Engenheiros mecânicos: R$ 9.881
  • Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.451
  • Desenvolvedores de programas e aplicativos: R$ 9.210
  • Engenheiros industriais e de produção: R$ 8.849
  • Economistas: R$ 8.645
  • Engenheiros eletricistas: R$ 8.433
  • Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 7.887
  • Engenheiros civis: R$ 7.538
  • Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 7.301
  • Advogados e juristas: R$ 7.237
  • Engenheiros químicos: R$ 7.161
  • Analistas de sistemas: R$ 7.005
  • Desenvolvedores de páginas de internet e multimídia: R$ 6.075
  • O levantamento cobre mais de uma década, marcada por crises econômicas significativas, como a recessão entre 2014 e 2016, além dos efeitos da pandemia de covid-19. Tais eventos resultaram em instabilidade salarial para várias profissões, exceto para áreas com demanda contínua, como a saúde.

    Por fim, a busca por um diploma universitário permanece uma estratégia viável para muitos brasileiros em busca de melhores oportunidades econômicas. Contudo, é crucial compreender as disparidades salariais entre diferentes campos de atuação.

    Assim, ao escolher uma carreira, é vital considerar tanto os interesses pessoais quanto o potencial de estabilidade e crescimento financeiro.

    Jornalista formado em 1999, atua no jornal OVALE, em São José dos Campos, e na TV Câmara, também na mesma cidade. Atualmente, também produz posts para o Futebol ao Vivo, no CenárioMT, e também para o Grupo Prime.

    Publicidade

    MAIS ACESSADAS