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Entre as de marca e sem marca nos balanços trimestrais do agro, empresas de alimentos apanham

Setor de alimentos não deverá refletir bons resultados, ao contrário do conjunto das empresas não ligadas ao consumo direto

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SLC Agrícola e Terra Santa Agro confirmam combinação de negócios

Na temporada de balanços que já começou, a leva de empresas do agronegócio está com expectativas divididas.

Do grupo Alimentos e Bebidas, as projeções são ruins na média do conjunto. No grupo agronegócio, a média será positiva, lembrando que as empresas de papel e celulose constituem um grupo à parte.

Entre as análises que correm o mercado, tem-se, entre essa divisão, desafios maiores nos Ebitdas (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e receitas, também negativas, porém menores para o macrossetor de companhias de marcas (Alimentos).

Para a média das empresas do agro, cuja gama é maior em mistura de exportadores de commodities a varejo de insumos, espera-se Ebitdas mais elevados e receitas positivas, mas mais modestas.

A Camil (CALM3), do grupo Alimentos, já abriu a temporada com o segundo trimestre do ano-safra, com uma escrituração apresentando receita recorde de R$ 2,9, mas lucro líquido 50,1% menor (R$ 46,9 milhões) e Ebitda 2% acima na comparação com o mesmo período contábil de 2022.

A XP Investimentos, por exemplo, relaciona o grupo de Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), mais a M. Dias Branco (MDIA3), com resultados operacionais até 15% menores.

Em receitas consolidadas, em torno de menos 4%.

Tem-se, aqui, em geral, fundamentos como a geração de caixa menor nos Estados Unidos para os frigoríficos bovinos, exportações em geral mais devagar, vendas mais resistentes internamente no 3T23 (apesar de inflação menos resiliente e aumento dos empregos) e graus de endividamentos preocupantes, com impactos adicionais das taxas de juros

Nas companhias do bloco de São Martinho (SMTO3), Cosan (CSAN3), demais usinas, SLC Agrícola (SLCE3), AgroGalaxy (AGXY3), entre outras como a Kepler Weber (KEPL3), o balanço operacional medido pelo Ebitda avançará bastante, para até 30%. Em receita, em torno de 12% acima na média.

Os ganhos com o mix de produtos exportados anularão a desvantagem de alguns itens – açúcar contra etanol, algodão contra preços menores e volumes maiores de soja, por exemplo – puxarão a média geral do grupo dessas companhias.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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