Empresas
Equatorial contrata bancos para financiar Sabesp
Processo de privatização.
A Equatorial (EQTL3) contratou bancos para levantar mais de R$ 5 bilhões, compondo assim a estrutura de capital necessária para financiar a compra de 15% da Sabesp (SBSP3). A informação é do Estadão.
Esses bancos fornecerão um empréstimo ponte com prazo de 18 meses, garantido por debêntures, para posteriormente viabilizar uma saída com a venda ao mercado. A companhia terá que desembolsar, no mínimo, R$ 7 bilhões para ingressar na companhia de saneamento de São Paulo.
Em um documento publicado hoje, no qual a Equatorial apresentou seu projeto a analistas e agentes do mercado, a empresa afirmou que tem um “financiamento ponte garantido com prazo de 18 meses”, além de “diversas alternativas a serem exploradas para a contratação do financiamento de longo prazo para a aquisição” da companhia.
A Equatorial foi a única empresa a apresentar uma oferta para se tornar investidora de referência da Sabesp privatizada.
Sabesp (SBSP3)
O diretório estadual do PT de São Paulo enviou uma representação ao Ministério Público solicitando a adoção de medidas para investigar um possível conflito de interesse envolvendo a presidente do Conselho de Administração da Sabesp, Karla Bertocco, e sua atuação junto à Equatorial.
O pedido é fundamentado em uma reportagem da Folha de S.Paulo que revelou que Bertocco, até dezembro de 2023, ocupava um cargo no conselho da Equatorial, a única empresa interessada em se tornar acionista de referência da companhia de saneamento paulista.
Executivos e especialistas ouvidos pelo jornal afirmaram que, embora a presença da executiva nos conselhos das duas empresas, que têm interesses convergentes, não seja ilegal, é considerada inadequada.
Segundo a representação, assinada pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), a atuação simultânea de Bertocco nos dois conselhos levanta “sérias preocupações sobre possíveis conflitos de interesse e a transparência do processo de privatização da Sabesp”. Procurados pela Folha, o Governo de São Paulo, a Sabesp e a Equatorial não responderam.
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