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Commodities

Equinor estima que pico de demanda por petróleo será em 2027-2028

Nova previsão antecipa em dois ou três anos a estimativa anterior da petroleira.

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A petroleira Equinor disse nesta terça-feira que que a demanda global por petróleo atinja seu auge por volta de 2027-2028, dois ou três anos antes do que previa anteriormente, como resultado da pandemia de coronavírus.

Embora não haja acordo sobre quando será o ápice da demanda por petróleo, a perspectiva afeta os planos de companhias do setor para explorar e desenvolver novos recursos.

Em relatório anual com estimativas sobre o setor de energia, a Equinor afirmou que “presunções anteriores de que o pico de demanda por petróleo ocorreria por volta de 2030 podem ser contestadas”.

Em seu cenário básico, chamado “Reforma”, a companhia vê a demanda por petróleo retornando aos níveis pré-pandemia, de cerca de 100 milhões de barris por dia, por volta de 2025, e recuando para 88 milhões de bpd em 2050.

Em novembro do ano passado, a Equinor via o pico de demanda pouco antes de 2030, em 105 milhões de barris por dia, principalmente por causa do impacto de carros elétricos sobre a procura por combustíveis fósseis. No mesmo cenário, a expectativa para 2050 era de queda para 93 milhões de bpd.

Segundo a empresa, restrições de oferta devido aos baixos investimentos no setor também podem prejudicar o avanço da demanda no futuro, depois que petroleiras reduziram investimentos em cerca de 30% neste ano.

“A consequência pode ser que bilhões de barris de petróleo que antes se assumiam como recuperáveis não serão desenvolvidos”, explicou a Equinor.

A companhia afirmou ainda que um tombo na oferta de petróleo devido aos baixos investimentos poderia fazer com que a demanda por petróleo chegasse a seu pico entre 2027 e 2028.

A Equinor disse também que mudanças impostas pela Covid-19 sobre comportamentos de trabalho e viajem terão um impacto duradouro e reduzirão o crescimento da demanda por petróleo, enquanto energia renovável e carros elétricos devem crescer.

“É provável que a demanda por combustíveis de aviação vá sofrer por muitos anos, uma vez que a pandemia pode ter alterado de forma permanente a frequência com que voamos”, completou.

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