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Escalada da Selic desperta interesse de investidor em LFTs

Papel prefixado fica mais atraente com alta crescente da taxa básica de juros

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Crédito: Poliize!

A alta firme da taxa básica de juros (Selic) – de 2% ao ano para 5,25% ao ano, somente este ano –  acabou reforçando a atratividade das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) perante um tipo de investidor que “busca algum resultado, mas sem incorrer em grandes riscos”, tendo no horizonte de uma Selic de 7,5% ao ano até o final de 2021. Tal patamar é projetado pelo próprio Banco Central (BC), conforme publicou no Boletim Focus, em consulta permanente a mais de 100 instituições financeiras.

Problemas de liquidez – O interesse pelo título federal ocorre no momento em que o Tesouro Nacional enfrenta problemas de dar mais liquidez aos títulos prefixados, devido ao misto de crise política e incertezas fiscais. Ainda assim, a demanda por LFTs tem crescido, acompanhando a escalada da Selic.

Demanda complicada – Algum tipo de resultado, com menos risco. É como define esse ‘naipe’ de investidor o gestor de renda fixa da Gauss Capital, Carlos Menezes, para quem “o aumento dos juros elevou a demanda por títulos indexados à Selic, a despeito das incertezas políticas do país e de uma política monetária que não contribui para elevar a demanda por prefixados”.

Excesso de papéis – Menezes destaca, ainda, o acerto da clareza do Tesouro, em sua tentativa de emitir mais NTNBs LFTs ao longo deste ano, visando retirar o excesso de papéis prefixados do mercado, além de fazer emissões bem relevantes especialmente de NTN-Bs de longo prazo, sobretudo por parte de fundações e alguns fundos, que pretendem carregar esses títulos por algum tempo”. Apesar de reconhecer esse movimento, ele reconhece que “o mercado não está conseguindo absorver de forma saudável ofertas maiores”.

Demanda aquecida – Um exemplo é o da semana passada, em que o Tesouro vendeu o lote integral de 1 milhão de NTN-Bs, com vencimento em maio de 2055, um tipo de papel com demanda aquecida no mercado secundário, nos últimos dias. Mas a iniciativa foi revertida quando o órgão federal ‘puxou o freio’, tendo reduzido, em seguida, a quantidade de papéis atrelados à inflação ofertados no leilão. Para o gestor de renda fixa “a estratégia (do Tesouro) é boa, embora reconheça que, pontualmente, o mercado não consegue absorver toda essa oferta diante dos riscos”.

‘Recomposição de colchão’ – De todo modo, Menezes entende que o Tesouro foi bem-sucedido “na recomposição do colchão de liquidez no último ano e que, assim, pode se voltar à estratégia de emitir mais LFTs e NTN-Bs e alongar a “duration” da dívida pública, mediante emissões mais fortes de papéis mais longos.

Ao destacar o “momento desafiador para outros títulos públicos, em meio a  resultados negativos apurados pelo investidor final, devido a valores baixos aplicados aos prêmios nas operações, com tendência  de alta .

Com informações do Valor PRO  

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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