Commodities
Escalada do conflito Israel-Hamas deflagra alta forte do petróleo
Tipo Brent subiu 4,2% a US$ 88,15 o barril, e WTI avançou 4,33% a US$ 86,38 o barril
A preocupação mundial ante à iminente escalada do conflito Israel-Hamas deflagrou uma forte alta nas cotações futuras de petróleo que, nas últimas semanas, alternavam ligeiras subidas e descidas, seja pelos cortes de produção aplicados pelos pesos-pesados da Opep Arábia Saudita e Rússia, seja pela demanda incerta pela commodity. Agora, a maior expectativa do mercado é de como irá reagir o Irã – outro grande produtor de petróleo, e aliado de primeira hora do Hamas – ao contra-ataque israelense, que promete ser ‘devastador’.
Antes claudicante, os preços dispararam logo na abertura dos negócios, com o tipo Brent para dezembro próximo saltando 4,2% a US$ 88,15 o barril e o WTI subindo 4,33% a US$ 86,38 o barril.
Segundo a analista da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, “os investidores avaliam as chances de o conflito prejudicar a oferta de petróleo bruto no Oriente Médio se outros países forem envolvidos”.
Já o analista da EBW Analytics Group, Eli Rubin, “a extensão da escalada dos preços observada hoje se explica porque o mercado estava sobrevendido na semana passada”.
Ao contrário de Israel e do Líbano, o Irã é o grande articulador dos ataques contra Israel, do qual é inimigo mortal. “O Irã é o segundo país em termos de aumento da produção neste ano, depois dos Estados Unidos”, observou Rubin, ao estimar a oferta adicional de 700 mil barris diários, burlando as sanções econômicas impostas pela comunidade internacional. “Se conseguiram, apesar das sanções contra a república islâmica, foi, principalmente, porque a Casa Branca permitiu”, disparou.
A leniência ianque ante a pátria dos aiatolás ficou patente quando ‘Tio Sam’ resolveu desbloquear US$ 6 bilhões de receita petroleira iraniana, congelados na Coreia do Sul, em troca da libertação de cinco estadunidenses de origem iraniana, em meados de setembro.
A partir do ataque do Hamas, a Casa Branca disse que ficará ‘mais atenta’ aos fluxos de petróleo bruto que deixam o Irã, o que pode deprimir, ainda mais, a oferta global da commodity, já subtraída diariamente de 1,3 milhão de barris diários.
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