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Escassez de água em Portugal pode afetar o PIB do país

Recuo de até 3,2% na economia.

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A escassez de água em Portugal representa uma ameaça significativa para a economia do país. Em um cenário extremo de falta de água, o Produto Interno Bruto (PIB) português poderia diminuir até 3,2%. O estudo “O valor económico da água em Portugal”, liderado pelo professor Miguel Gouveia da Universidade Católica Portuguesa e apresentado recentemente, alerta para os sérios impactos macroeconômicos dessa escassez.

Levantamento do jornal Econômico aponta que a redução na disponibilidade de água afetará diretamente a capacidade de geração de energia hidrelétrica em Portugal, resultando em um encarecimento do mix energético, em um momento crucial de transição para uma economia descarbonizada. Além disso, prevê-se que a escassez hídrica cause aumento nas taxas de desemprego e inflação, além de uma deterioração na balança comercial. Esses impactos serão exacerbados em cenários com redução dos fluxos de água provenientes de Espanha.

Conforme o periódico, o estudo propõe diversas estratégias para mitigar os efeitos negativos, como melhorar o armazenamento de água, reduzir as perdas na distribuição, combater o mercado negro através da criação de um mercado regulado e aumentar o preço da água em cerca de 26% até 2030. Miguel Gouveia enfatiza a necessidade de uma abordagem sistemática de custo-benefício para investimentos em infraestrutura hídrica, dada a limitação de recursos financeiros disponíveis.

Portugal

Adicionalmente, o estudo destaca a importância de regulamentar os mercados de água, atualmente irregulares em Portugal, para evitar transações clandestinas em momentos de escassez. A gestão eficiente dos aquíferos subterrâneos também é destacada como uma alternativa econômica viável para aumentar a capacidade de retenção de água.

Em conclusão, o estudo sublinha a necessidade de uma abordagem colaborativa e coordenada entre diferentes setores e stakeholders para enfrentar os desafios associados à gestão da água em Portugal, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e competição por recursos hídricos transfronteiriços.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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