Agronegócio
Estudo americano revela que os girassóis não se movimentam conforme a luz do sol; Entenda
Entenda o que concluiu um estudo americano sobre o heliotropismo dos girassóis e a luz do sol
Girassóis, conhecidos por seu esplêndido heliotropismo, revelam-se mais misteriosos do que imaginamos. O heliotropismo, ou movimento em resposta à luz solar, é uma característica que associamos intrinsecamente a essas flores.
No entanto, uma descoberta surpreendente está abalando esse conceito arraigado. Um estudo recente, publicado na revista PLOS Biology, desafia a crença de que o movimento dos girassóis está diretamente vinculado ao trajeto do sol no céu.
Fonte: Pablesku/Shutterstock
O enigma do Heliotropismo do girassol
É provável que você esteja familiarizado com a ideia de que os girassóis ganharam seu nome devido à sua peculiar habilidade de seguir o sol durante o dia.
Esse fenômeno, conhecido como heliotropismo, tem sido um mistério fascinante para os biólogos vegetais. A mecânica por trás desse movimento aparentemente sincronizado permaneceu enigmática até agora.
Estudo na PLOS Biology descarta vínculo com resposta à luz
Contrariando a crença estabelecida, o estudo publicado na PLOS Biology sugere que o heliotropismo dos girassóis não está relacionado a uma resposta direta à luz, fenômeno observado em outras plantas.
O cerne da questão reside na rejeição da ideia de que o movimento das flores segue o movimento do sol no céu.
Os pesquisadores responsáveis por esse estudo desmantelaram a suposição tradicional, destacando que a habilidade dos girassóis de rastrear o sol provavelmente está vinculada a processos mais complexos do que uma simples reação à luz solar.
Mecanismos intrincados em jogo
O estudo levanta a intrigante possibilidade de que os girassóis dependam de uma combinação intricada de processos fisiológicos para determinar a direção de seu movimento.
Enquanto outras plantas podem ajustar sua posição com base na luz, os girassóis podem empregar mecanismos mais sofisticados, envolvendo fatores como temperatura, hormônios e outros sinais ambientais.
O estudo
No âmbito interno do estudo, os pesquisadores realizaram um cultivo controlado de girassóis em laboratório, submetendo-os a uma fonte de luz azul.
Surpreendentemente, essas flores demonstraram um comportamento direcionado à fonte luminosa, ativando genes associados à fototropina – um fenômeno já observado em outros estudos.
No entanto, ao contrário das flores cultivadas ao ar livre, que oscilavam suas cabeças e exibiam um padrão distinto de expressão genética, os girassóis internos apresentaram uma resposta mais rápida e uniforme ao ambiente controlado.
Esta disparidade nos padrões de expressão genética sugere que diferentes caminhos e mecanismos estão em jogo quando os girassóis são expostos a diferentes comprimentos de onda de luz. Isso aponta para uma complexidade ainda maior na compreensão do heliotropismo dessas flores.
A identificação específica dos genes envolvidos nesse processo, no entanto, continua sendo um desafio para os cientistas.
Implicações na compreensão da biologia floral
A conclusão deste estudo não apenas redefine nossa visão sobre o comportamento dos girassóis, mas também tem implicações significativas na compreensão mais ampla da biologia floral.
Questionar a relação entre o movimento dos girassóis e a luz solar direta desafia paradigmas estabelecidos, convidando a uma reavaliação dos princípios fundamentais que governam o comportamento das plantas.
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