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Economia

Estudo da McKinsey aponta os 18 setores que mais crescerão até 2040

Relatório da McKinsey destaca os 18 setores que mais crescerão até 2040, com alta demanda por engenheiros, cientistas e especialistas em IA.

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O avanço tecnológico e as mudanças no comportamento global impulsionarão o crescimento de diversos setores nos próximos anos. Um estudo da consultoria McKinsey aponta que, até 2040, essas áreas poderão gerar até US$ 48 trilhões em receitas, remodelando a economia mundial. Entre os segmentos mais promissores estão o comércio digital, a inteligência artificial e a biotecnologia.

A pesquisa analisou dados de 2005 a 2020 e identificou 18 setores com potencial acelerado de crescimento. Esses segmentos já representam 4% do PIB global e podem atingir 16% em 2040.

Divididos em três categorias – setores em evolução, áreas derivadas e segmentos emergentes –, eles serão responsáveis por grande parte da inovação e do desenvolvimento econômico nas próximas décadas.

Setores em evolução impulsionam a transformação

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Com avanços rápidos, a IA deve movimentar até US$ 4,6 trilhões até 2040, segundo relatório da McKinsey. (Foto: zhuyufang/Getty Images Signature)

Os setores que já demonstram crescimento contínuo tendem a se consolidar como motores da economia global. O comércio digital, por exemplo, que em 2022 representava 20% do varejo mundial, deve alcançar 30% até 2040. Esse crescimento será impulsionado por plataformas inovadoras, como o chamado “comércio social”, que utiliza redes sociais para vendas diretas.

Além disso, veículos elétricos continuarão ganhando mercado à medida que as políticas ambientais se tornem mais rigorosas. Com projeções de faturamento entre US$ 2,5 trilhões e US$ 3,2 trilhões, essa indústria deve substituir gradualmente os motores a combustão.

Da mesma forma, os serviços de computação em nuvem seguirão essenciais para empresas e consumidores, com expectativas de lucro superiores a US$ 500 bilhões.

Outro setor de destaque é o dos semicondutores, essenciais para a tecnologia digital. Com a crescente demanda por chips mais avançados, esse mercado pode movimentar até US$ 2,4 trilhões em receitas, impulsionado pela adoção massiva de dispositivos inteligentes e pela Internet das Coisas (IoT).

Áreas derivadas se tornam protagonistas do mercado

Novos segmentos surgem como desdobramentos de indústrias já consolidadas. O setor de software e serviços de inteligência artificial (IA) é um dos mais promissores, com projeção de faturamento de até US$ 4,6 trilhões em 2040.

O uso da IA para automação, chatbots e análise de dados está revolucionando os negócios e se tornando uma vantagem competitiva essencial.

O crescimento da publicidade digital e do streaming também reforça essa tendência. Anúncios digitais devem gerar entre US$ 2,1 trilhões e US$ 2,9 trilhões em receitas, enquanto serviços de streaming podem atingir US$ 1 trilhão. Essa evolução está ligada ao aumento do consumo de mídia digital e ao avanço das plataformas de entretenimento.

A segurança cibernética é outro setor estratégico, com faturamento projetado entre US$ 590 bilhões e US$ 1,2 trilhão. Com a digitalização crescente e os riscos associados a ataques virtuais, empresas e governos devem investir cada vez mais em proteção de dados e infraestrutura segura.

Segmentos emergentes moldam o futuro

Áreas que ainda estão em estágio inicial, mas com grande potencial, devem consolidar-se nos próximos anos. Veículos autônomos compartilhados, por exemplo, podem movimentar até US$ 2,3 trilhões, reduzindo a necessidade de carros particulares e promovendo a mobilidade sustentável.

O setor espacial também ganha força, com investimentos previstos entre US$ 960 bilhões e US$ 1,6 trilhão. O avanço da exploração comercial e a busca por novos recursos impulsionam essa indústria, tornando viável a colonização lunar e missões interplanetárias.

Por fim, a biotecnologia e a robótica prometem transformar a saúde e a manufatura. A biotecnologia pode gerar até US$ 900 bilhões, enquanto a robótica tem a projeção de US$ 910 bilhões. Essas áreas abrirão novas possibilidades para tratamentos médicos, desenvolvimento de próteses avançadas e automação industrial.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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