Conecte-se conosco

Commodities

EUA tentam segurar tombos da soja antes que prejuízo bata às portas; US$ 12/13 é janela futura

O mercado vai acabar trabalhando em faixas mais inferiores de preços para a soja, especialmente se houver renovação de mapas climáticos positivos nos EUA, em safra adiantada

Publicado

em

Os traders vinham tentando endurecer as posições em soja nesta manhã de quinta (29), após o baque renovado das vésperas.

E algumas compras sobre bagatelas também deixaram os futuros da commodity buscando algum fôlego, inclusive chegaram a ameaçar o lado positivo da tabela bem mais cedo. Às 9h45 (Brasília) o vencimento de agosto cede levemente próximo da estabilidade, a US$ 13,60.

Os exportadores americanos, principalmente, buscam evitar cada vez mais o grão cair mais ainda em Chicago, num patamar que pode resultar em prejuízo para eles. Hoje ainda sai o USDA com embarques semanais.

Fora o spot, os US$ 12 a US$ 13 o bushel é uma base a ser mantida, abaixo disso, em US$ 11,5 de piso, é muito perigoso, mas tem tudo para chegar a isso, informa o analista Vlamir Brandalizze.

O dia amanheceu chuvoso em várias regiões produtoras, e confirma com as previsões meteorológicas positivas para os próximos dias.

A produtividade nas regiões produtoras do país melhora as perspectivas, porque há muita soja em fase de florescimento, com tempo suficiente para chegar à fase de enchimento em melhores condições, mesmo que o período seco dos dias anteriores possa ter derrubado uns “2% do potencial”, discute Brandalizze.

As cerca de 122 milhões de toneladas aguardadas não se perderam.

De vez em quando, com alguma notícia, inclusive vinda do mercado financeiro, pode haver ganhos, mas mantidas as condições climáticas favoráveis, com as projeções se renovarem para mais prazo, a tendência é que sejam pontuais.

Enquanto isso, no Brasil ainda há 56 milhões de toneladas para exportação. Somente 100 milhões foram negociadas. No passado, nesta época, eram 30 milhões que não estavam fixadas.

Os chineses estão vendo isso, naturalmente.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

Publicidade

MAIS ACESSADAS