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Ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez deve depor esta semana

Varejista envolvida em suposta fraude contábil.

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Americanas em recuperação judicial: funcionários temem demissão em massa

O ex-CEO da Americanas (AMER3) Miguel Gutierrez deve depor à Justiça na próxima quinta-feira (16), segundo o colunista Lauro Jardim informou em O Globo.

Vale lembrar que Gutierrez presidiu a varejista pelos últimos 20 anos, até o final de 2022, quando passou o cargo a Sérgio Rial, o executivo que trouxe a informação das inconsistências contábeis a público no dia 10 de janeiro de 2023.

A expectativa é que o depoimento de Gutierrez seja “chave” para esclarecer os rombos na rede de lojas.

Além disso, a Americanas tenta, agora, adiar o pagamento de custas processuais cobradas da varejista por dois recursos que move em ações judiciais dos bancos Safra e Votorantim, seus credores.

O Globo informa que a empresa fez o pedido à Justiça de São Paulo e alega que o adiamento está previsto em lei “quando comprovada a momentânea impossibilidade financeira” de uma das partes do processo. Em cada uma das ações, a taxa que compete à Americanas é de R$ 102,7 mil.

Também traz que a empresa tem, segundo seus administradores judiciais, débitos que já chegam a R$ 47,9 bilhões. Os pedidos para postergar esses pagamentos foram enviados na terça-feira à 11ª e à 28ª Varas Cíveis de São Paulo, sendo que a última delas concedeu prazo de 15 dias para que a Americanas comprove a impossibilidade de arcar com o montante.

Americanas (AMER3) em crise

No último sábado, o juiz Paulo Assed Estefan, titular da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou o fim do sigilo dos “incidentes processuais” relativos à recuperação judicial da companhia.

O Valor Econômico informou que com a decisão, passam a ser disponíveis para consulta pública as informações sobre a averiguação realizada pela Preserva-Ação Administração Judicial, do advogado Bruno Rezende, e do Escritório de Advocacia Zveiter, sobre as inconsistências contábeis apresentadas pelo grupo.

Além disso, elencou o periódico, também poderão ser consultadas informações sobre o financiamento DIP aprovado em favor do Grupo Americanas, no valor de R$ 2 bilhões, cujo detalhamento também estava sob sigilo. Em outra frente, o juiz Paulo Assed Estefam determinou que o cartório da 4ª Vara Empresarial cadastre os advogados habilitados pelos credores do Grupo Americanas para que possam ser intimados e, com isso, acompanhar as decisões proferidas nos autos.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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