Economia
Expectativa de vida ao nascer no Brasil aumenta
Levantamento do IBGE.
A expectativa de vida ao nascer no Brasil chegou a 76,4 anos em 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados dia 29 no Diário Oficial da União. O número representa um aumento de 0,9 ano em relação a 2022, quando a média era de 75,5 anos.
O avanço reflete uma tendência de melhora gradual nas condições de vida, saúde e acesso a serviços públicos no país, apesar dos desafios socioeconômicos. Os dados detalhados fazem parte da pesquisa Tábuas da Mortalidade, que oferece estimativas da expectativa de vida em diferentes faixas etárias até os 80 anos, com base em uma data de referência fixa (1º de julho de cada ano).
A expectativa de vida ao nascer é um dos principais indicadores demográficos utilizados para compreender os níveis de saúde e bem-estar de uma população. Ela reflete, de forma integrada, fatores como o acesso à saúde, saneamento básico, nutrição e avanços tecnológicos na medicina.
Além de medir o progresso social, o índice possui um impacto direto no cálculo do fator previdenciário, utilizado para definir o valor das aposentadorias no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Com o aumento da expectativa de vida, o tempo projetado de permanência dos trabalhadores como beneficiários da previdência também cresce, o que pode resultar em ajustes no cálculo dos benefícios.
Expectativa de vida
Embora o índice nacional mostre progresso, o Brasil ainda enfrenta disparidades regionais significativas. Estados do Sul e Sudeste historicamente apresentam expectativas de vida superiores, devido a melhores condições socioeconômicas e infraestrutura de saúde mais robusta. Por outro lado, estados das regiões Norte e Nordeste costumam registrar índices mais baixos, reflexo de desigualdades históricas e menores investimentos em saúde pública e saneamento básico.
As diferenças de gênero também permanecem evidentes. Mulheres no Brasil continuam a viver mais do que os homens, com uma diferença média de cerca de sete anos na expectativa de vida. Essa discrepância é atribuída, em parte, a fatores como maior exposição dos homens a riscos ocupacionais, violência e hábitos de vida menos saudáveis.
O aumento da expectativa de vida no Brasil acompanha uma tendência global de envelhecimento populacional. Porém, o país ainda enfrenta desafios significativos, como a alta mortalidade entre jovens devido à violência urbana, acidentes de trânsito e doenças preveníveis.
Especialistas alertam que o envelhecimento da população traz impactos socioeconômicos de longo prazo, incluindo a necessidade de reformar o sistema previdenciário, ampliar os cuidados de saúde para idosos e adaptar a infraestrutura urbana para uma sociedade mais envelhecida.
Caminhos para o futuro
Para sustentar o aumento da longevidade com qualidade de vida, o Brasil precisará investir em prevenção de doenças, ampliar o acesso a serviços de saúde e combater as desigualdades regionais e de gênero. Além disso, o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao envelhecimento ativo e à inclusão dos idosos no mercado de trabalho será essencial para enfrentar as demandas de uma população mais longeva.
Os dados completos da pesquisa do IBGE serão divulgados ainda nesta sexta-feira e deverão trazer mais detalhes sobre os avanços e os desafios demográficos do Brasil.

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