Exportações de milho estão abaixo do esperado, segundo Conab

De acordo com dados no Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de janeiro a setembro, o volume acumulado de exportações de milho ainda está muito abaixo do esperado no início da safra 2020/21, registrando cerca de 7 milhões de toneladas inferior ao volume embarcado no mesmo período de 2020. Nesse caso, principalmente para os estados de Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul, os efeitos adversos do clima nesta temporada são mais proeminentes.

No caso de Mato Grosso, grande exportador de grãos, os embarques também diminuíram significativamente devido aos atrativos preços domésticos, confirmando uma grande quantidade de washouts. Grande parte do volume de movimentação de cargas previsto com destino ao Porto de Santos e Arco Norte deverá ser redirecionado para granjas de aves e suínos nos estados do Sul do país, ou para movimentação de curto percurso para atender o setor de etanol de milho do estado.

Ainda que aumente a paridade de exportação devido ao câmbio positivo, a expectativa é que o embarque atual de 12,8 milhões de toneladas não ultrapasse a estimativa da Conab de 22 milhões de toneladas.

No mesmo período do ano passado, cerca de 13 milhões de toneladas deixaram o estado. Até agora, o estado do Mato Grosso foi o que mais exportou, chegando a 9 milhões de toneladas. Goiás fica em segundo lugar, com volume de exportação de 700 mil toneladas. De janeiro a setembro de 2020, Goiás exportou 2,3 milhões de toneladas. Em seguida está o estado do Maranhão, com 592 mil toneladas, Mato Grosso do Sul com 496 mil toneladas e o Paraná com 440 mil toneladas.

Os portos do Arco Norte já se aproximam de 50,0% do volume total de milho embarcado. Este ano, a queda das exportações pode afetar a situação, já que a quebra de safra reduziu fortemente as exportações de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, que optaram por escoar suas mercadorias diretamente para o Sul e Sudeste do País, principalmente para o Porto de Santos (SP).