Exportações de soja devem bater novo recorde de receita este ano: US$ 67 bilhões

Como reflexo de ajustes nas previsões em relação aos volumes totais a serem embarcados, foi elevado a estimativa para a receita recorde das exportações de soja em grão e derivados (farelo e óleo) do país este ano, que subiu de US$ 65,5 bilhões, em junho último, para US$ 67 bilhões, neste mês.

Ao revisar para cima a projeção para 2023, nesta quinta-feira (20), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) informou que o avanço deste ano supera em US$ 6 bilhões o resultado de 2022, que somou US$ 61 bilhões.

Sob este aspecto, o grão de soja é o carro-chefe da arrancada das vendas externas, contribuindo com uma receita de US$ 53,6 bilhões, seguido pelo farelo (US$ 10,6 bilhões) e óleo (US$ 2,9 bilhões). Como há muitos anos, o complexo soja (grão, farelo e óleo) é o líder das exportações do agro nacional, à frente do segmento de carnes.

No que toca a volumes, a Abiove igualmente elevou a projeção para o grão, de 97 milhões de toneladas para 97,5 milhões de toneladas; de 21,9 milhões de toneladas para 22 milhões de toneladas em relação ao farelo de soja e de 2,3 milhões para 2,4 milhões de toneladas para o óleo de soja.

De acordo com dados da associação, a colheita de soja bateu recorde, ao totalizar 156,5 milhões de toneladas na safra 2022/23 (acréscimo de 500 mil toneladas em relação à previsão de junho), sem contar com a expectativa de que o processamento do grão para produção de farelo e óleo chegue este ano a 53,5 milhões de toneladas. A produção de farelo, por sua vez, deverá totalizar 41 milhões de toneladas, ao passo que a de óleo está estimada em 10,8 milhões de toneladas.

Se considerados os cinco primeiros meses de 2023, o esmagamento cresceu 4,7%, no comparativo anual, ao passo que os dados de compras de soja cresceram 10,9%, no mesmo período. Frente a esses números, a expectativa da Abiove é de que a demanda internacional pela leguminosa continuará em expansão, ao longo deste ano.