Ações, Units e ETF's
Exterior positivo (sem EUA); reação do PIB e avanço do IPCA pautam Ibovespa de segunda
Bolsas europeias e asiáticas no ‘azul’, economia brasileira ‘reage’ e inflação oficial sobe este ano
Operando à meia-força – devido ao feriado nacional ianque, em homenagem ao pacifista assassinado Martin Luther King – uma vez que Wall Street responde por metade dos negócios locais, o Ibovespa inicia a sessão de segunda (17) já precificando o ligeiro avanço da projeção, de 5,03% para 5,09%, do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, e de 3,36% para 3,40%, em 2023, conforme divulgou o Boletim Focus, pelo Banco Central (BC). Enquanto a inflação pátria cresce, foram mantidas as projeções para Selic (11,75% ao ano) para 2022 e em 8%, para o ano que vem.
‘PIBinho’ cresce – Mesmo mínima, também merece destaque a evolução positiva da previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) do ano – de 0,28% para 0,29% – após sucessivas quedas. O crescimento também está presente para o próximo ano, quando passou de 1,70% para 1,75%. Enquanto isso, a pesquisa mostra estabilidade para o câmbio, que permaneceu em R$ 5,60 para dezembro deste ano, mas recuou de R$ 5,46 para R$ 5 4,5, para o próximo. Outro indicativo relevante é a alta de 1,79% do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) captado, já este mês, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), após apurar uma queda de 0,14% no mês anterior.
Minério pesa – Para o coordenador de índices de preços da fundação, André Braz, o salto percentual do índice foi fortemente influenciado pela valorização expressiva do minério de ferro (de -19,28% para 24,56%); soja em grão (-3,41% para 2,92%) e milho em grão (-4,71% para 2,86%), itens de maior peso no indicador. Na rota descendente, as maiores variações ficaram com os itens bovinos (11,28% para 2,73%); café em grão (10,83% para 4,24%); cana-de-açúcar (3,08% para 1,53%).
Cinco recuos – Das oito classes de despesa que integram a pesquisa da FGV, cinco apresentaram recuo percentual: Transportes (2,49% para -0,26%), Educação, Leitura e Recreação (2,61% para 0,38%), Comunicação (0,08% para 0,00%), Despesas Diversas (0,16% para 0,10%) e Habitação (0,77% para 0,74%).
Prévia do PIB avança – Também positiva a informação de que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), mais conhecida como ‘prévia do PIB’, avançou 0,69% (após três quedas seguidas) em novembro último, em relação ao mês anterior, acumulando alta de 4,59% de crescimento, nos primeiros 11 meses do ano passado. Também aqui, houve mudança de sinal, pois em outubro houve queda de 0,40%. Ante igual mês de 2020, o IBC-Br subiu 0,43%, e 4,30%, no acumulado em 12 meses.
Ásia mista – No plano externo, mesmo com as bolsas estadunidenses inativas, por conta do feriado local, os índices futuros ianques apontam alta, no início da sessão, enquanto as bolsas asiáticas apresentavam desempenho misto, com o nipônico Nikkei (Japão) crescendo 0,74%, o mesmo ocorrendo com o chinês Shanghai SE (+0,56%), em contraponto com o Hang Seng Index, de Hong Kong), que recuou 0,68% e o Kospi sul-coreano, que caiu 1,09%.
China cresce forte – O desempenho diverso ocorre no momento em que a China anuncia que seu PIB subiu 8,1%, no ano passado, após crescer 4% no quarto trimestre de 2021 (4T21), e sua produção industrial em dezembro aumentar 3,8%, em relação a novembro e 4,3%, para igual mês de 2020.
Corte de juros – Tal ‘freio’ da atividade chinesa levou o BC do país (PBoC) a anunciar que pretende aplicar novos cortes nos juros, ao longo desse primeiro semestre (1S22). O mais recente deles, foi o corte de 0,1 ponto percentual, para 2,85% (700 bilhões de iuanes ou US$ 110,9 bilhões) para empréstimos de um ano, a determinadas instituições financeiras – pela primeira vez desde abril de 2020.
Injeção de US$ 31 bi – Além de cortar a taxa de sete dias de recompra, a título de ‘aquecer’ a economia regional, o PBoC também injetou no sistema financeiro local um montante de US$ 31 bilhões, como medida para angariar confiança pelo mercado, sempre preocupado com a bilionária crise imobiliária do país, que persiste sem solução.
Stoxx 600 cresce – No ‘velho continente’, por sua vez, o índice Stoxx 600 – formado pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus – avançava 0,3% no início da sessão, a reboque do desempenho positivo dos recursos básicos, mas negativo para os bens domésticos. Todos os seus índices registraram performance positiva, como o britânico FTSE 100 (+0,66%); o DAX alemão (+0,41%); CAC 40 francês (+0,73%) e o FTSE MIB italiano (+0,33%).
Commodities caem – No plano das commodities, assim como os dois tipos de petróleo (Brent e WTI) acusavam recuos próximos a 0,5%, o minério de ferro – negociado, para maio próximo, pela bolsa de commodities chinesa de Dalian (China) – recuava 2,4% a 705 yuanes (US$ 111,12) tonelada, enquanto na de Cingapura, a commodity para fevereiro caía 1,7% a US$ 124,55 por tonelada.
Greve iminente – Ante um governo em processo de ‘fragmentação’, está mais do que confirmada a paralisação dos servidores federais, para esta terça-feira (18), que lutam por reajustes salariais prometidos e não cumpridos pelo mandatário de plantão, que encolhe nas pesquisas de opinião. A expectativa é que a iniciativa deverá contar com a adesão de portos e aeroportos do país, segundo adiantou o membro do do Sindicato de Auditores Fiscais da Receita, George Souza.
Covid sobe 59% – No diário da Covid, o vírus chinês matou 153 brasileiros, se considerada a média móvel em sete dias, com alta de 59%, em comparação com o patamar anterior de 14 dias
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Feriado nacional (Martin Luther King)
Ásia
Nikkei (Japão), +0,74% (fechado).
Shanghai SE (China), +0,56% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,68% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), -1,09% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), +0,66%.
DAX (Alemanha), +0,41%.
CAC 40 (França), +0,73%.
FTSE MIB (Itália), +0,33%.
Commodities
Petróleo WTI, -0,01%, a US$ 83,74 o barril.
Petróleo Brent, -0,41%, a US$ 85,7 o barril.
Minério de ferro, -2,35% a 705 iuanes ou US$ 111,19 (Bolsa de Dalian – China).
Critptomoedas
Bitcoin, -0,71%, a US$ 42.863,73.
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