Economia
Faturamento da indústria avança somente 0,6% em agosto
Segundo CNI, no comparativo anual, porém, indicador apresentou queda de 2,5%
Em trajetória de queda, desde o início do ano, quando passou a apresentar intervalos de resultados negativos e positivos (recuos mais acentuais do que altas), o faturamento da indústria registrou avanço de apenas 0,6% em agosto, no comparativo mensal, mas retração de 2,5% ante igual mês do ano passado. É o que aponta a pesquisa ‘Indicadores Industriais’, divulgada nesta quarta-feira (4) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Apesar da ‘perda de dinamismo’, na passagem de julho para agosto deste ano, quatro dos seis indicadores do setor tiveram variação positiva: faturamento real, massa salarial real, rendimento médio real e utilização da capacidade instalada. Em contraponto, caíram horas trabalhadas na produção e emprego na indústria. Tal avanço da maioria dos indicadores, porém, aponta a pesquisa, não tem sido suficiente para a recomposição das perdas acumuladas nos meses anteriores.
Outro indicador, o rendimento médio real, também exibiu expansão, de 0,8% em agosto, ante julho, tendo crescido 1,3%, no comparativo anual, ao passo que a massa salarial real subiu 0,9%, no comparativo mensal, sem reverter, contudo, o recuo registrado em julho. Para agosto de 2022, agosto deste ano avançou 1,7%.
Crescimento moderado, por sua vez, apresentou a utilização da capacidade instalada (UCI), de somente 0,1% em agosto, ao atingir 78,5%, patamar 2,5 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo mês de 2022. “O recuo é consequência da queda ao longo do primeiro semestre. Nos últimos dois meses, a UCI alternou pequenas variações, após manter-se em clara trajetória de queda durante todo o primeiro semestre”, explicou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Entre os desempenhos negativos, o emprego industrial, embora tenha registrado redução de 0,2% em agosto ante o mês anterior, se encontra ‘estabilizado’ em nível superior ao de 2022. No comparativo anual, agosto último representou expansão de 0,4%.
De modo semelhante, o número de horas trabalhadas na produção se aproximou muito da estabilidade em agosto deste ano, ao apresentar recuo mensal de 0,1% e declínio de 3,3%, no comparativo anual.
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