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Economia

FGV: confiança da indústria tem quinta queda consecutiva em outubro

Pior resultado desde julho de 2020, indicador recua 1,6 ponto para 90,8 pontos neste mês

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Pior resultado desde julho de 2020 (90,5 pontos), o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,6 ponto em outubro corrente, indo a 90,8 pontos, o que representa o quinto recuo mensal seguido da confiança da indústria, apontou, nessa sexta-feira (27), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), devido à uma percepção negativa para os próximos meses.

Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Stéfano Pacini, em nota, “a maioria dos segmentos reduz sua projeção de produção, dado o nível elevado dos estoques e o fraco nível de demanda”.

“A confiança da indústria desacelerou pelo quinto mês consecutivo. O resultado reflete uma percepção de melhora da situação atual, mas um aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. A maioria dos segmentos reduz sua projeção de produção, dado o nível elevado dos estoques e o fraco nível de demanda. Apesar da melhora do cenário macroeconômico, as taxas de juros e o endividamento ainda se mantém em patamares elevados, fatores que dificultam o reaquecimento da demanda. O efeito do início do ciclo de quedas na taxa de juros e das medidas governamentais com o intuito de reduzir o endividamento ainda não surtiram efeito na demanda por bens industriais e isso tem limitado a recuperação da confiança do setor”, avaliou Pacini.

Apesar da melhora do cenário macroeconômico, o economista da FGV avalia que as taxas de juros e o endividamento ainda se mantêm em patamares elevados, fatores que dificultam o reaquecimento da demanda. “O efeito do início do ciclo de quedas na taxa de juros e das medidas governamentais com o intuito de reduzir o endividamento ainda não surtiram efeito na demanda por bens industriais e isso tem limitado a recuperação da confiança do setor”, acrescenta.

No que se refere ao indicador de expectativas, o ímpeto sobre as contratações baixou 2,7 pontos em outubro, para 94,3 pontos, o que configura o menor nível desde julho de 2020 (93 pontos), enquanto a produção prevista recuou 1,9 ponto, para 90,1 pontos, menor nível desde abril de 2021 (86,6 pontos).

Em contrapartida, houve acomodação da tendência dos negócios para os próximos seis meses, que subiu 0,2 ponto, para 88,6 pontos, permanecendo aquém dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos). Pelo critério de médias móveis trimestrais, o indicador caiu 0,3 ponto, para 91,1 pontos, acumulando seu quinto resultado negativo.

Para a sondagem deste mês, a sondagem reuniu informações de 1,113 mil empresas, no período de 1º a 24 de outubro. Também em outubro, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) perdeu 0,2 ponto, para 90,8 pontos, o menor nível desde agosto de 2020 (89,8 pontos).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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