FGV: inflação pelo IPC-S varia 0,43% na 3ª quadrissemana de abril

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de abril de 2023 variou 0,43% e acumula alta de 3,37% nos últimos 12 meses.

Os dados são do Instituti Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV) e apontam que, nesta apuração, dois das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.

Também traz que a maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Transportes cuja taxa de variação passou de 1,47%, na segunda quadrissemana de abril de 2023 para 0,70% na terceira quadrissemana de abril de 2023. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou 1,84%, ante 4,40% na edição anterior do IPC-S.

E acrescenta que registrou decréscimo em sua taxa de variação o grupo: Habitação (0,75% para 0,57%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item: tarifa de eletricidade residencial (2,10% para 1,05%).

FGV: inflação pelo IPC-S

Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,24% para 0,43%), Educação, Leitura e Recreação (-1,12% para -0,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,77% para 0,91%), Comunicação (0,10% para 0,28%) e Vestuário (0,15% para 0,34%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: hortaliças e legumes (-1,60% para 0,01%), passagem aérea (-6,37% para -4,82%), medicamentos em geral (1,29% para 2,30%), tarifa de telefone móvel (0,32% para 0,75%) e roupas infantis (-0,22% para 0,24%).

O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação de 0,17% registrada na última apuração. As principais influências partiram dos itens: conselho e associação de classe (0,57% para 1,38%), em sentido ascendente, e alimentos para animais domésticos (1,06% para 0,71%), em sentido descendente.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 30 de abril de 2023, será divulgada no dia 02 de maio de 2023.

Focus

O Boletim Focus projeta inflação e crescimento maiores em 2023, conforme divulgado na manhã desta segunda-feira (24).

Trata-se de um compilado da opinião de economistas consultados pelo Banco Central (BC), para quem foi elevada a estimativa para o IPCA de 2023 de 6,01% para 6,04%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%. As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, ficaram mantidas em 4,18%. Para 2025, as perspectivas ficaram iguais, em 4%.

Os economistas também mantiveram a projeção da taxa básica de juros deste ano em 12,5%. A expectativa é de início do ciclo de afrouxamento para 2023, pois a Selic está em 13,75% hoje.

Já as projeções para 2024 e 2025 foram mantidas em 10% e 9%, respectivamente.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os economistas elevaram as expectativas para o crescimento da economia brasileira em 2023 de 0,90% para 0,96%. Para 2024, as projeções do PIB subiram 1,40% para 1,41%, enquanto para 2025 saíram de 1,72% para 1,70%.

Em se tratando do dólar, eles dizem acreditar que as apostas para 2023 caíram de R$5,24 para R$5,20. Para 2024, caíram de R$5,26 para R$5,25, mas o valor estimado em 2025 segue em R$5,30.