Filme inspirador torna atendente de fast food em um grande sócio

Imagine estar no conforto da sua casa, assistindo despretensiosamente a um filme e, de repente, esse filme, então, despertasse em você a ideia de que é possível que você esteja destinado a grandes feitos?

Pois foi o que Gilvan Bueno sentiu ao assistir “À Procura da Felicidade“, filme protagonizado por Will Smith. No filme, Chris, personagem principal, passa por diversas dificuldades financeiras, mas, mesmo assim, nunca perde as esperanças.

Foi exatamente isso que motivou Gilvan a deixar seu emprego como atendente de uma rede de fast food e começar a trilhar seu caminho no mercado financeiro. Bueno diz: “Eu nunca tinha pensado em atuar no mercado financeiro. O filme despertou isso em mim“.

A história de Gilvan Bueno

Nascido em Salvador, na Bahia, Gilvan começou a trabalhar logo cedo. Sua mãe veio a falecer quando ele tinha apenas 11 anos, deixando-o aos cuidados da avó, que morava no Espírito Santo.

Não muito tempo depois, cerca de quatro anos, ele decidiu se mudar, à procura de melhores oportunidades. Então, foi sozinho se aventurar no Rio de Janeiro. Lá, começou a trabalhar como servente de pedreiro.

Quando completou 19 anos, conseguiu alugar seu primeiro imóvel; antes, ele morava de favor. Mas, para isso, foi necessário manter dois empregos. Durante o dia, Gilvan trabalhava em um restaurante na rodoviária do Rio de Janeiro e à noite era atendente numa rede de fast food.

Foi apenas aos 25 anos que Gilvan teve seu primeiro contato com o filme que mudaria sua vida: “À Procura da Felicidade“, longa estadunidense lançado em 2006.

Não satisfeito apenas em assistir ao filme, ele foi atrás do livro, e ficou completamente envolvido com aquela história de superação e esperança. “Foi a partir disso que a minha trajetória tomou outro rumo“, conta.

Enquanto trabalhava, Bueno compartilhava seus conhecimentos e aprendizados sobre o filme com os clientes. Bom de papo, contava o quanto sonhava em trabalhar com finanças um dia. Logo, um dos clientes, em uma pizzaria na Barra da Tijuca, o indicou para uma entrevista em uma corretora.

Ele foi à entrevista depois do seu expediente. Ele conta que chegou com mais de uma hora de atraso, mas que ainda assim conquistou a vaga e ficou no emprego por mais de um ano.

Enquanto trabalhava, ele também seguia estudando. Formou-se em Gestão Financeira e foi buscando os certificados que seriam necessários para trabalhar com o que tanto sonhava.

Gilvan revela que estudou muito para chegar aonde desejava, e que por mais que pareça fácil, o caminho foi difícil e ele encontrou obstáculos em sua trajetória. Segundo ele, sua maior dificuldade foi a concorrência:

“A maioria das pessoas tinha boa formação, além de falar três ou quatro idiomas. Foi difícil competir. Precisei ser muito resiliente e esforçado.“

Após perder uma vaga muito sonhada devido ao fato de não saber inglês, Bueno começou a correr atrás de aprender a língua, e assim foi para os Estados Unidos.

Após superar tantas dificuldades, decidiu ajudar outros jovens, com a intenção de contribuir para que a caminhada fosse menos difícil para eles.

Aos 40 anos, hoje ele ajuda jovens a crescerem profissionalmente. Em 2020, junto à Febraban (Federação Brasileira de Bancos), criou um projeto para a capacitação de jovens moradores do Pelourinho.

Ainda em 2020, também criou o Financier Educação, com a intenção de ajudar a todos que quisessem investir e trabalhar no mercado financeiro.

“Minha maior conquista é fazer com que outras pessoas consigam ascender profissionalmente e aumentar sua renda. Se eu cheguei até aqui, preciso trazer mais pessoas comigo e repassar os meus conhecimentos“, é o que diz Gilvan Bueno.