Fim do dinheiro físico à vista? Projetos de lei sinalizam mudança

Você já imaginou como seria viver em um país sem dinheiro de papel? Essa é a proposta de quatro projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados, com o objetivo de acabar com a circulação de cédulas e moedas no Brasil e, basicamente, tornar obrigatório o uso de meios eletrônicos para as transações financeiras.

Os projetos e seus autores

O primeiro projeto data de 2016 e é de autoria do deputado Gilberto Nascimento. Em 2020, o agora ex-deputado Paulo Ramos apresentou uma proposta semelhante. Ainda no mesmo ano, o deputado Reginaldo Lopes também lançou uma iniciativa com o mesmo objetivo. Em 2021, o deputado Kim Kataguiri trouxe mais uma proposta à discussão.

Esses projetos, embora distintos em alguns aspectos, têm como objetivo comum a promoção de uma sociedade mais digitalizada e a eliminação gradual do dinheiro físico. Isso envolve a implementação de sistemas de pagamento eletrônico, o estímulo ao uso de cartões e aplicativos bancários e a criação de mecanismos.

Consequências e desafios

Por mais que possamos estar próximos de um futuro sem dinheiro de papel, como podemos perceber na queda da quantidade de notas emitidas pelo Banco Central, devemos levantar alguns questionamentos.

Será que essa ideia é viável e desejável para o Brasil? Quais seriam os impactos econômicos, sociais e culturais dessa mudança? Como ficaria a situação das pessoas que não têm acesso à internet ou aos bancos? Como garantir a privacidade e a segurança dos dados dos usuários? Como evitar a exclusão e a discriminação dos mais vulneráveis?

Essas são apenas algumas das questões que precisam ser debatidas antes de se tomar uma decisão tão radical e irreversível como a extinção do dinheiro de papel. Afinal, o dinheiro não é apenas um meio de troca, mas também um símbolo de valor, de poder e de identidade. Ele faz parte da história, da cultura e da memória de um povo.