Fim do DOC, TED e maquininhas: PIX, novidade do Banco Central, deve reduzir custos para clientes

Anteriormente programado para novembro, o Banco Central (BC) aprovou o lançamento oficial do sistema de pagamentos PIX para o dia 5 de outubro. A tecnologia promete desburocratizar os sistemas bancários, facilitar a vida financeira dos correntistas e colocar em risco os sistemas DOC e TED. 

Na última quarta-feira, 19, o presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para comentar sobre o novo sistema. De acordo com ele, o PIX “vai permitir transferências eletrônicas em tempo real a qualquer momento do dia ou da noite, inclusive aos finais de semana e feriados”.

Benefícios para alguns, ameaças para outros. Acontece que a inovação do Banco Central pode acabar com os sistemas de transferência DOC e TED, utilizados pelos bancos. Afinal, o PIX promete ser mais rápido, barato, fácil e sem restrição de dia ou horário. A expectativa é de que seja cobrado um custo de R$ 0,01 a cada 10 transações. As instituições bancárias, por outro lado, costumam cobrar até R$ 14,90 por uma TED. 

Além disso, o novo sistema pode beneficiar grandes empresas. Algumas companhias de telefonia, por exemplo, esperam disponibilizar carteiras digitais para seus clientes através do novo serviço. É o caso da TIM, que se mostrou otimista com relação ao PIX.

Renato Ciuchini, vice-presidente de estratégia e transformação da TIM, estima que as operadoras do Brasil gastem, entre arrecadação de fatura e recarga, em torno de R$ 1 bilhão por ano. “[Com o PIX] existiria melhora de experiência do cliente, na eficiência e nos custos. Participamos do grupo de trabalho do Banco Central e estamos nos preparando para ingressar e usar o PIX como meio de pagamento dos nossos serviços. Vemos isso como grande oportunidade nos próximos meses e em 2021”.