Economia
Financiamento de veículos fica mais caro com alta da Selic
Selic elevada fez taxas de financiamento de veículos dispararem; saiba como isso afeta as compras e o que considerar.
A busca por carros e motos novos tem esbarrado em um obstáculo cada vez mais comum: os juros altos. Com a Selic a 14,25%, o custo do crédito explodiu, tornando o financiamento menos acessível. O impacto é sentido especialmente em contratos que usam o próprio veículo como garantia, historicamente associados a taxas mais baixas.
A média de juros para esse tipo de operação chegou a 25,8% ao ano em 2024, segundo dados do Banco Central. Em janeiro, o índice atingiu 29,5%, o maior desde 2009.
Embora as vendas tenham começado bem o ano, os números do setor já mostram desaceleração. Para quem atua no mercado automotivo, a alta do crédito tem freado parte da demanda.
Cenário desafia consumidor e afeta vendas
Mesmo com o bom desempenho no início do ano, o volume de emplacamentos cresceu abaixo do esperado. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve um avanço de 14%, mas a projeção era de um aumento de apenas 6% nos dois primeiros meses. A alta dos juros aparece como um dos principais fatores por trás desse ritmo menor.
O ambiente econômico, marcado por incertezas e inflação persistente, tem levado muitos consumidores a adiar a decisão de compra.
O financiamento, que já foi uma porta de entrada para o sonho do carro próprio, agora exige mais cautela. Diante do custo elevado, a recomendação é avaliar todas as possibilidades antes de assinar um contrato.
Por que a Selic influencia financiamentos?
A taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, afeta diretamente o custo do dinheiro para os bancos. Com a Selic elevada, as instituições financeiras aumentam suas exigências para conceder crédito e repassam esse encarecimento ao consumidor final. Isso vale para todos os tipos de financiamento, inclusive os voltados à compra de veículos.
Além dos juros, há maior receio em relação à inadimplência, o que também torna o acesso ao crédito mais restrito. O percentual de atraso médio nas operações para pessoas físicas ultrapassou 4% em fevereiro, o que contribui para o aperto nas condições oferecidas pelas instituições.
Saiba o que considerar antes de financiar um veículo

Diante desse cenário, o pagamento à vista torna-se a alternativa mais segura, mas nem sempre é viável. Em casos de financiamento, é importante analisar o valor total da dívida, o tamanho da entrada e a duração do contrato. Quanto maior o prazo, maior o custo efetivo da operação.
Outra opção é usar um veículo antigo como entrada, o que reduz o valor financiado. Também vale avaliar a possibilidade de investir em renda fixa e adiar a compra. Com os juros altos, produtos como CDB e Tesouro Selic podem ajudar a formar uma reserva e evitar dívidas longas.
O ideal é tomar a decisão com base no orçamento real da família, considerando todos os custos envolvidos, como seguros, impostos e manutenção. Afinal, o carro novo não pode virar uma fonte de preocupação financeira.
*Com informações de Extra.

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