Fintech Franq espera ter 25 mil bancários independentes até 2024

A pandemia impulsionou a migração de serviços financeiros tradicionais para os meios digitais. Essa tendência deve ganhar ainda mais força com a chegada do open banking. Assim, a fintech Franq vem contratando centenas de ex-bancários, apostando que este será o principal canal para produtos financeiros nos próximos anos. 

Criada no fim de 2019 por ex-executivos de bancos, a Franq possui uma base de 1,5 mil ex-bancários que atuam como corretores de serviços financeiros, focando em clientes de média e alta renda. 

Os membros da plataforma são chamados pela fintech de personal bankers. Esses profissionais têm, ao menos, cinco anos de experiência no setor e montam uma carteira com cerca de duas centenas de clientes. 

Cada personal banker tem sua própria loja digital na plataforma, com produtos de parceiros da Franq, incluindo Itaú Unibanco (ITUB4), Santander Brasil (SANB11), Creditas,  Porto Seguro (PSSA3), BS2, Stone, BizCapital, Guide Investimentos, Sodexo, Icatu Seguros, entre outros.

Os consumidores acessam a loja do banker e podem escolher, em média, três instituições para cada tipo de produto. As instituições, por sua vez, remuneram os personal bankers sobre produtos vendidos e uma fração dessa quantia fica com a Franq. Dessa forma, não há cobrança de taxas sobre o cliente final. “É um curadoria financeira gratuita”, explica Paulo Silva, presidente da fintech. 

Para ele, com o advento do open banking, a digitalização deve se aprofundar ainda mais no Brasil, promovendo redução de agências físicas e adaptação por parte das grandes instituições financeiras. “Acreditamos que esse modelo vai se intensificar nos próximos anos e que em 2024 haverá cerca de 50 mil profissionais trabalhando dessa forma”, avalia Silva.