Fim da escala 6×1: como a medida impacta os trabalhadores?

A escala 6×1, vigente desde 1943, permite que trabalhadores atuem seis dias consecutivos na semana, com descanso de apenas um dia. Entretanto, o texto constitucional não especifica a duração desse descanso, o qual é estabelecido pela CLT.

A deputada Erika Hilton, do PSOL-SP, busca revisá-la por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), trazendo à tona um debate importante sobre a qualidade de vida do trabalhador.

A proposta tem ganhado destaque nas redes sociais, impulsionada pelo Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), fundado por Rick Azevedo, vereador eleito também pelo PSOL, e já conta com o apoio de 1,3 milhão de pessoas.

Erika Hilton (PSOL-SP) aponta efeitos prejudiciais da escala 6×1 – Imagem: reprodução

Apoio e desafios no Congresso

Para que a PEC avance, é necessário obter o apoio de 171 parlamentares. Até o momento, Erika Hilton já conseguiu 71 assinaturas.

A deputada argumenta que a escala 6×1 afeta negativamente a saúde e bem-estar dos trabalhadores, justificando a necessidade de uma revisão.

Apesar das dificuldades iniciais no Congresso, a proposta chamou a atenção do público, figurando entre os assuntos mais comentados na plataforma X no último sábado (9/11).

Erika Hilton solicitou uma audiência pública para aprofundar o debate.

Histórico e mudanças trabalhistas

Desde a promulgação das leis trabalhistas em 1943, houve várias reformas. A mais recente, em 2017, introduziu o trabalho intermitente e flexibilizou a compensação de horas extras.

O descanso semanal de 24 horas consecutivas, entretanto, permaneceu.

• Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943;
• Reforma trabalhista de 2017 com a Lei nº 13.467;
• Permanência de um descanso semanal mínimo de 24 horas.

Impacto social e futuro da proposta

A revisão da escala 6×1 tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, assegurando mais tempo para o lazer e para a família.

A adesão popular dá força à proposta e consegue pressionar os parlamentares a considerar sua aprovação.

Se aprovada, a PEC poderá alterar significativamente a rotina de trabalho no Brasil, marcando um avanço nas condições laborais e reforçando o compromisso com o bem-estar dos trabalhadores.