Economia
Focus recua previsão de IPCA deste ano para 4,65% e PIB desce a 2,9%
Indicador cai mais, ante o teto da meta (4,75%), mas ainda está distante do centro desta (3,25%)
Pela segunda vez consecutiva, o Boletim Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país – apresentou, nesta segunda-feira (23), queda de previsão do IPCA (índice oficial de inflação) para este ano.
Depois de cair de 4,86% para 4,75%, na semana passada, o indicador agora está em 4,65%, o que o coloca mais abaixo do teto da meta de inflação – fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – de 4,75%, mas ainda distante do centro desta, de 3,25%. No entendimento de analistas, o recuo inflacionário está diretamente relacionado com a redução recente dos preços da gasolina pela Petrobras.
De qualquer sorte, o impacto do recuo do combustível pode ser considerado ‘sazonal’, uma vez que consiste num ajuste perante às cotações internacionais, ou seja, poderá não se repetir tão cedo. Isso sem contar com o fato de que a previsível continuidade da guerra no Oriente Médio deverá exercer forte pressão de alta do petróleo no mercado externo.
Também recuo foi observado com relação à projeção da inflação para o ano que vem, que exibiu ligeira queda, ao passar de 3,88% para 3,87%. Já a previsão para 2025, como há 13 semanas, permaneceu em 3,5%, mesmo percentual para 2026, há 16 semanas.
PIB cai – Após se manter estável em 2,92% por três semanas, a estimativa para o PIB para este ano caiu para 2,90%, enquanto a de 2024 continuou, como nas últimas cinco semanas, em 1,50%. Igualmente estáveis ficaram as projeções para 2025 e 2026, em 1,90% e 2%, nas últimas quatro semanas e 11 semanas, respectivamente.
Inalterada, como há 11 semanas, permaneceu a previsão para a taxa básica de juros (Selic), em 11,75% ao ano, assim como para 2024, mantida em 9% ao ano, e para 2025, que continuou em 8,5% ao ano. Como há 12 semanas, o prognóstico para 2026 permaneceu em 8,5% ao ano.
No plano cambial, assim como a expectativa do mercado para o final para o dólar se manteve nos mesmo R$ 5 da semana passada, para o ano que vem permaneceu em R$ 5,05 e em R$ 5,10 para 2025. A única exceção coube a 2026, que caiu de R$ 5,20 para R$ 5,19.
Endividamento cai – No que toca às contas nacionais, o Focus apontou redução do endividamento público para este ano, em que a relação da dívida pública/PIB caiu de 61% para 60,60%. Há quatro semanas, esta era de 60,40%.
Para o ano que vem, a ‘aposta’ do mercado para a dívida pública baixou de 64,05% para 63,90% do PIB, ante 63,80% de quatro semanas antes, ao passo que o déficit primário esperado para 2024 caiu de 0,83% do PIB para 0,75% do PIB. Já o déficit nominal ‘encolheu’ de 6,75% do PIB para 6,80% do PIB – há um mês, os porcentuais eram de 0,80% e 6,59%, respectivamente.
Já no que se refere ao déficit primário para 2023, este igualmente se manteve em 1,10% do PIB, ante 1% do PIB, há um mês. Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, o déficit deve fechar o ano em 1% do PIB em 2023, enquanto o déficit nominal foi mantido em 7,50% do PIB, ante 7,40% de um mês atrás.
No que tange ao balanço de pagamentos, o déficit projetado para este ano caiu ligeiramente, de US$ 40,40 bilhões para US$ 39 70 bilhões, bem inferior aos US$ 43,30 bilhões registrados há um mês. Para 2024, a projeção permaneceu em US$ 51,00 bilhões, ante US$ 51,30 bilhões há quatro semanas.
No plano externo, a balança comercial deve encerrar este ano com um superávit de US$ 74,35 bilhões, superando os US$ 73,00 bilhões da estimativa anterior. Para 2024, a mediana superavitária cresceu de US$ 60,35 bilhões para US$ 61,80 bilhões, ante os US$ 60,95 bilhões projetados há quatro semanas.
Considerado por analistas, mais do que suficiente para cobrir o rombo de transações correntes do país em 2023 e 2024, a previsão de ingresso de Investimento Direto no País (IDP) ‘desidratou’ de US$ 80 bilhões – após continuar ‘estacionada’ por 13 semanas – para US$ 79,40 bilhões, mas foi mantida em US$ 80,00 bilhões pela 38ª vez para o ano que vem.

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