Economia
Focus: IPCA para 2024 volta a subir, de 3,9% para 3,91%
Previsão do mercado financeiro para 2023 continuou em 4,63%, assim como o PIB, em 2,92%
Embora manteve, como na semana anterior, em 4,63% a previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação, para este ano, o Boletim Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 principais instituições financeiras do país – elevou a de 2024, ainda que moderadamente, de 3,90% para 3,91%, segunda alta seguida. Igualmente estáveis em 3,5% ficaram as projeções para 2025 (há 15 semanas) e 2026 (há 18 semanas).
Pelo critério de ‘preços administrados’ dentro do IPCA, para este ano, houve recuo, pela quinta vez consecutiva, de 9,61% para 9,59%, ao passo que para 2024, a estimativa se manteve em 4,47%, o mesmo ocorrendo em relação a 2025, em 3,96% e 2026, que continuou em 3,5%. No caso do IGP-M, a expectativa do mercado financeiro é de que a inflação de aluguel aprofunde a deflação, de -3,51% para -3,55% este ano, ao passo que as previsões para 2024, 2025 e 2026 foram mantidas em -4%.
PIB avança – Pelo menos, no momento, a ‘aposta’ do Focus é de que o PIB (Produto Interno Bruto) deverá crescer em 2023 – como na semana passada – 2,89%, assim como para 2024, mantida em 1,5%, a exemplo das últimas sete semanas. Como há seis boletins, a projeção para 2025 permanece em 1,9%, enquanto, como há 13 semanas, o prognóstico para 2026 continuou em 2%.
Inalteradas ficaram as estimativas para a Selic (taxa básica de juros) para 2023 (11,75% ao ano), 2024 (9,25% ao ano), 2025 (8,75% ao ano) e 2026 (8,75% ao ano).
Estabilidade também foi observada em relação ao dólar, que para este ano, se manteve nos mesmos R$ 5 anteriores; em R$ 5,05 para 2024; em R$ 5,10 para 2025 e R$ 5,20 para 2026.
Tanto a estabilidade do IPCA nessa reta final do ano, o avanço moderado desse indicador para 2024, como também a interrupção do avanço do PIB para 2023 mostram, por um lado, o peso considerável da Selic – mantida no ainda elevado patamar de 12,25% ao ano – por outro que a atividade econômica perdeu o ‘ímpeto’ de crescimento.
Nesse sentido, a grande incógnita é aferir o impacto dos conflitos geopolíticos, da escalada do petróleo e da ‘puxada’ de juros pelos bancos centrais no exterior sobre o ritmo de queda da Selic pelo BC tupiniquim e no comportamento do PIB nacional. A conferir nos próximos capítulos.
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