Economia
Focus: previsão para o IPCA volta a subir e já chega a 5,98% para 2023
Enquanto inflação sobe pela terceira semana seguida, projeção para o PIB passou a 0,91%
A despeito do ‘imexível ‘ patamar da Selic em 13,75% ao ano, a inflação permanece em alta firme, a julgar pela última projeção do boletim Focus, desta segunda-feira (10) – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 principais instituições financeiras do país – que mostra avanço da previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, que passou de 5,96% para 5,98%, consolidando a terceira elevação consecutiva, pois, há duas semanas, a projeção era de 5,93%. A tendência de crescimento inflacionário parece já ter ‘contaminado’ 2024, cuja estimativa agora cresceu de 4,13% para 4,14%, ao passo que para 2025 e 2026, esta se manteve em 4%.
Se considerado o critério de ‘preços administrados’, a projeção do IPCA igualmente subiu – na nona alta em 19 semanas – saltando de 9,65% para 9,79%. Há um mês, a taxa era de 9,13%. Ao mesmo tempo, a expectativa em relação a 2024 passou de 4,4% para 4,5%, enquanto para os dois anos seguintes, ela continuou em 4%.
A exemplo de semanas anteriores, enquanto a inflação avançou, a expectativa do mercado em relação à economia, idem. Desta forma, a previsão agora para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiu de 0,90% para 0,91%, ao passo que esta caiu de 1,48% para 1,44% para 2024, recuou de 1,8% para 1,76% em relação a 2025, estacionando em 1,8%, no ano seguinte.
Como há oito semanas, a projeção para a Selic continuou mantida em 12,75% ao ano, em 10% ao ano para 2024, 9% ao ano para 2025 (há nove semanas) e em 8,75% ao ano para 2026.
Pela décima semana seguida, o dólar foi mantido em R$ 5,25, enquanto que para 2024, a previsão caiu de R$ 5,30 para R$ 5,27. Quanto a 2025, o padrão ianque foi mantido, como há 16 semanas, em R$ 5,30. Recuo também houve para 2026, de R$ 5,40 para R$ 5,35.
No que toca ao superávit comercial para este ano, este permaneceu em US$ 55 bilhões (US$ 57 bilhões há quatro semanas) e em US$ 52,44 bilhões para 2024.
Em relação ao balanço de pagamentos deste ano, o déficit esperado foi mantido em US$ 50,84 bilhões (US$ 50 bilhões há quatro semanas). Para o ano que vem, tal déficit foi estimado em US$ 52,50 bilhões (US$ 51,50 bilhões há quatro semanas).
Já o Investimento Direto no País (IDP) – considerado mais que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo anos – a previsão para 2023 continuou, como há quatro semanas – em US$ 80 bilhões, mesma cifra para 2024.
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