Focus reduz inflação para 2023 pela 3ª vez; previsão do PIB salta de 1,36% para 1,68%

Pela terceira vez seguida, o mercado financeiro reduziu a projeção do IPCA – índice oficial de inflação – para 2023, de 5,71% para 5,69%, ao passo que a de 2024 igualmente recuou 0,01 ponto percentual, passando de 4,13% para 4,12%, e aquelas para 2025 e 2026 permaneceram em 4%. As informações constam do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central (BC).

No que toca ao critério de ‘preços administrados’, houve recuo, de 9,44% para 9,41% da previsão do IPCA para este ano; há um mês esta era de 10,70%. Para o próximo ano, a estimativa cresceu de 4,50% para 4,53%, ao passo que para 2025 e 2026, esta continuou em 4,0%.

A exemplo das semanas anteriores, enquanto o indicador inflacionário engata uma lenta ‘marcha a ré’, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano saltou de 1,26% para 1,68% – quarta revisão para cima do indicador em 2023 e em linha com a projeção de crescimento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre deste ano (1T23). Curiosamente, a estimativa para o ano que vem caiu de 1,30% para 1,28%, sendo mantidas as de 2025 e 2026, ambas com alta de 1,80% para 1,90%.

Quanto ao custo do dinheiro, o Focus continua apostando numa taxa básica de juros (Selic) a 12,50% ao ano para o fecho de 2023, o mesmo ocorrendo com a 2024, mantida em 10% ao ano, pela 16ª semana seguida, e para 2025, em 9% ao ano, pelo mesmo período de tempo. Para 2026, a Selic continuou em 9% ao ano.

No plano cambial, o dólar para este ano foi reduzido ligeiramente, de R$ 5,11 para R$ 5,10; passou de R$ 5,17 a R$ 5,16 para 2024 e mantido em R$ 5,20 no ano seguinte. Em 2026, o mercado conta com uma cotação de R$ 5,25.

Quanto às contas públicas, a projeção do Focus aponta um déficit primário de 1,10% do PIB; manteve em -0,70% do PIB para 2024; agravou o déficit, que foi de -0,21% a -0,34% do PIB para 2025 e estacionou o de 2026 em -0,20% do PIB.

Já para a dívida líquida do setor público, a estimativa para este ano caiu de 61% do PIB para 60,70% do PIB, mesmo movimento para 2024, de 64,50% para 64,45% do PIB; reduziu de 66,75% do PIB para 66,25% do PIB e também fez o mesmo para 2026, de 67,85% do PIB para 67,45% do PIB.