Forever 21 em crise: por que a gigante do fast fashion está fechando tantas lojas?

A rede de moda Forever 21 se prepara para um novo processo de falência e pode fechar mais de 200 lojas nos Estados Unidos.

A empresa, que já passou por dificuldades semelhantes em 2019, tenta reduzir custos enquanto busca um comprador para suas unidades restantes. Caso não encontre interessados, a varejista pode encerrar as atividades de toda a sua cadeia, que atualmente conta com cerca de 350 lojas.

No auge, a Forever 21 chegou a operar mais de 500 unidades nos EUA e mais de 800 ao redor do mundo.

Agora, a marca enfrenta desafios em um mercado cada vez mais competitivo, impactado pelo crescimento do comércio eletrônico e por mudanças no comportamento do consumidor.

Tentativa de reestruturação da Forever 21

A empresa operadora da Forever 21, que possui licença para administrar a marca nos EUA, avalia diferentes opções estratégicas. Entre elas, está uma possível venda, enquanto busca otimizar a presença da rede e reduzir despesas. No entanto, até o momento, nenhuma decisão final foi tomada sobre o futuro da operação.

As dificuldades financeiras da varejista não são recentes. Algumas lojas registram perdas há anos, e a empresa frequentemente atrasava o pagamento de royalties e aluguéis para manter unidades em funcionamento.

Apesar das tentativas de reestruturação após a primeira falência, os resultados foram limitados, tornando necessário um novo processo de recuperação.

O que está acontecendo com a marca?

A propriedade intelectual da Forever 21 pertence à Authentic Brands, grupo que controla outras redes do setor, como JCPenney e Lucky Brand. A Authentic já indicou que a marca permanecerá ativa, independentemente do desfecho do processo de falência da operadora nos EUA.

A estratégia é licenciar a Forever 21 para outros varejistas, garantindo que ela continue existindo no mercado, ainda que sob um modelo de negócios diferente.

Enquanto a empresa define os próximos passos, o futuro da Forever 21 segue incerto. O fechamento de lojas representa mais um capítulo na crise enfrentada por grandes redes de fast fashion, que precisam se adaptar a um cenário de transformação digital e às novas demandas dos consumidores.