Empresas
Fraude no banheiro? denúncias surpreendentes sobre marca popular de papel higiênico
Policia civil deflagrou uma grande operação na última segunda-feira (25/09), depois de uma grave denúncia.
Recentemente, uma companhia do ramo do papel higiênico e toalha foi alvo de uma grande autuação policial no estado brasileiro do Espírito Santo. O empreendimento está sendo acusado de vender itens apresentando quantidades menores que as informadas nas respectivas embalagens.
A ação se deu na manhã da segunda-feira (25/09) e estendeu-se pelo dia, até a noite. De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades, o nome da organização suspeita é Virgempel, e a sua sede se localiza no município de Cariacica.
A denúncia inicial foi movida pela Comissão de Defesa do Consumidor, da Assembleia Legislativa da localidade. Em vídeos divulgados pelos policiais, podemos ver as máquinas usadas pelos fabricantes e alguns pacotes de itens já embalados e prontos para a venda.
Logo, o deputado Vandinho Leite, presidente da comissão, acompanhou a ação de perto e também fez algumas filmagens. Nelas, o parlamentar aponta a diferença na quantidade de papel higiênico que estava sendo embalado e reafirma a necessidade da operação deflagrada.
“Aqui era para ter 300 metros, conforme a embalagem, mas já foi constatado que somente 180 metros”, afirmou.
Além disso, o presidente mostrou também uma embalagem que deveria conter 500 metros, mas que tinha apenas 280 metros de papel. “Isso significa que o consumidor estava sendo enganado, pagando por algo que não estava recebendo”, finalizou.
Secretaria de Saúde também se envolve
Ainda na segunda-feira, os colaboradores da empresa acusada começaram a ser ouvidos pelas autoridades responsáveis. Segundo a Polícia Civil, tudo foi acompanhado pelo Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Espírito Santo).
O que torna o caso ainda mais grave é que existem documentos que confirmam que a Virgempel fornecia até mesmo papel higiênico para a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). Por sua vez, o órgão emitiu uma nota informando que as compras foram feitas por meio de uma Ata de Registro de Preço, em março de 2023.
Seguidamente, a referida companhia fez a entrega de dois lotes, um em maio e o outro em junho, ambos somando um montante de R$ 85.414. Mas, ao receber a encomenda, algo estranho foi notado logo de cara pelos seus recebedores.
“A equipe administrativa começou a identificar que o material estava acabando antes do habitualmente previsto, onde foi realizada a medição manual dos produtos”, destacou a Sesa.
Por fim, justamente devido a esse problema, a instituição resolveu tomar providências e acionar a Justiça, o que originou o inquérito policial. Até o momento, os fabricantes ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido, mas espera-se que isso aconteça em breve.
“A Sesa aguarda o andamento da investigação para ingressar com ressarcimento do prejuízo”, finalizou a nota.
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