Fundo Imobiliário suspende pagamento de rendimentos após calote

Por meio de fato relevante, o fundo imobiliário Edifício Galeria (EDGA11) anunciou a suspensão da distribuição de rendimentos devido à inadimplência de locatários. A decisão foi formalizada em comunicado oficial divulgado no dia 25 de julho de 2025, em que o fundo informou sobre o prejuízo enfrentado.

A falta de pagamentos por parte dos inquilinos resultou em um déficit de R$ 885.247,45, correspondente a um impacto de R$ 0,23 por cota. O fundo teve de cobrir despesas essenciais, como condomínio, IPTU e taxas judiciais, agravando a situação financeira após o calote expressivo.

Administrado pela BTG Pactual Serviços Financeiros, o fundo imobiliário já tomou medidas legais para recuperar os aluguéis devidos, assegurando aos investidores que manterá o mercado informado sobre as evoluções futuras da situação.

Histórico de inadimplência

O problema de inadimplência não é algo novo para o EDGA11. Em março, o fundo já enfrentava dificuldades com locatários, resultando em um impacto de cerca de R$ 0,02 por cota.

Em fevereiro, uma situação semelhante também foi relatada, evidenciando uma tendência preocupante de calote.

Com mais de quatro mil cotistas, o fundo imobiliário é proprietário exclusivo do Edifício Galeria, situado no centro do Rio de Janeiro. O local compreende oito pavimentos ocupados por lajes corporativas, cinco lojas, dois restaurantes e um centro de compras no térreo e no subsolo.

Vacância e desafios

No entanto, atualmente, o Edifício Galeria apresenta uma vacância significativa de 23%, o que complica ainda mais a geração de receita para o fundo, aumentando a pressão sobre os gestores para buscar soluções eficazes.

O cenário desafiante para o EDGA11 destaca a vulnerabilidade dos fundos imobiliários diante da inadimplência de inquilinos. As ações tomadas pela administradora do fundo são cruciais para uma possível recuperação financeira e para a reconquista da confiança dos investidores.

O mercado aguarda ansiosamente por novas atualizações desta situação, que vem prejudicando e preocupando cotistas há meses.