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Gerdau pressiona governo por medidas contra concorrência chinesa

Companhia é uma siderúrgica.

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Gerdau

A Gerdau (GGBR4), uma das maiores produtoras de aço da América Latina, voltou a cobrar do governo federal ações mais efetivas contra a entrada de aço chinês no mercado brasileiro. O CEO da companhia, Gustavo Werneck, afirmou que o mês de maio é o prazo final para que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apresente soluções concretas de defesa comercial para proteger a indústria nacional da concorrência considerada desleal.

“Seguimos com uma agenda muito positiva. O governo tem sido bastante aberto nesse debate, mas ainda não conseguimos encontrar soluções concretas. Ainda assim, estou confiante de que, até o fim de maio, o governo federal possa adotar mecanismos de defesa comercial mais robustos do que os que temos hoje”, disse Werneck durante participação no South Summit Brazil, em Porto Alegre. “Caso isso não ocorra, teremos que tomar decisões de curto e médio prazo para manter o nível de competitividade necessário”, completou.

Em fevereiro, o executivo já havia sinalizado a possibilidade de a Gerdau rever seus investimentos no Brasil caso não houvesse uma resposta rápida. A companhia projeta investir cerca de R$ 6 bilhões no país ao longo de 2025.

Dados do setor

Segundo dados do setor, o Brasil importou 4,8 milhões de toneladas de aço em 2024 — o equivalente a mais de 20% das vendas internas. A maior parte desse volume veio da China, que, segundo Werneck, consegue vender aço no Brasil a preços inferiores ao próprio custo da matéria-prima em seu território.

Além da Gerdau, outras siderúrgicas e entidades do setor também vêm pressionando o governo brasileiro a adotar tarifas de importação de até 25% sobre o aço chinês, em resposta à postura comercial agressiva do país asiático e aos impactos gerados por políticas como as implementadas pelo governo dos EUA sob Donald Trump.

A companhia

Fundada em 1901, a Gerdau é um dos maiores grupos siderúrgicos da América Latina e um dos principais fornecedores de aço longo das Américas. Com operações industriais em 10 países e presença em todos os continentes, a empresa é referência em sustentabilidade no setor e tem investido em inovação e reciclagem: cerca de 75% do aço que produz vem de sucata metálica reciclada.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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