Gestora Apollo deixa corrida pela Braskem

A Gestora Apollo deixou a corrida pela Braskem (BRKM5), petroquímica detida pela Petrobras (PETR3; PETR4) e Novonor (ex-Odebrecht).

Levantamento do Valor Econômico afirma que a companhia abriu mão da disputa pela compra do ativo por considerar que “não obteve portas abertas” tanto pela Petrobras quanto pelo governo brasileiro.

De acordo com o periódico, a Apollo estava na disputa em parceria com a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), que agora segue sozinha na intenção de compra.

Também traz que em junho representantes da Apollo chegaram a ser recebidos pelo alto escalão do governo brasileiro, entre os quais o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas, de lá para cá, a gestora americana passou a encontrar dificuldades de interlocução.

Com isso, permanecem na disputa para comprar a Braskem a petroquímica Unipar Carbocloro (UNIP6) e a holding J&F, controladora da JBS (JBSS3). Ambas são companhias nacionais e, por isso, estão mais em linha com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acontece que a equipe ministerial de Lula pretende que a Braskem, em caso de venda, permaneça sobre controle de uma empresa nacional, atendendo aos interesses nacionais, e tendo a Petrobras como sócia.

A ação PETR3 encerrou o dia 19 cotada a R$ 37,36, e a ação PETR4 encerrou cotada a R$ 34,21.

Braskem em Maceió

A Braskem pode ser interpelada pela Justiça a qualquer momento por conta do afundamento de terra que sua operação de extração de sal-gema provocou em bairros de Maceió.

Centenas de casas ficaram inabitáveis e a petroquímica deve, agora, tratar de pagar indenização ao município e às famílias que foram afetadas.

Esta semana, para se ter ideia, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) recebeu imagens feitas por moradores da região dos Flexais mostrando que há um estoque muito grande de sal-gema ensacado no pátio da petroquímica, na unidade do Mutange.