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Gigante dos testes de DNA pede falência após crise e perda de valor
Após perder 99% de seu valor de mercado, a 23andMe tenta sobreviver com ajuda de credores nos EUA.
Uma das pioneiras no segmento de testes genéticos caseiros, a 23andMe entrou com pedido de falência nos Estados Unidos na última segunda-feira, 24 de março.
A empresa, que ficou conhecida por permitir que os usuários analisassem sua ancestralidade e predisposição genética com uma simples amostra de saliva, não conseguiu encontrar um comprador para assumir a operação e busca agora um investidor para tentar evitar o encerramento definitivo das atividades.
Fundada por Anne Wojcicki — que deixou o cargo de CEO na mesma data —, a empresa chegou a ser avaliada em US$ 6 bilhões em 2021, após abrir capital na bolsa americana.
No entanto, a companhia enfrentou uma sequência de desafios legais, financeiros e reputacionais, incluindo um vazamento de dados genéticos de mais de 6 milhões de usuários, o que provocou uma crise de confiança entre investidores e consumidores.
23andMe: endividamento, renúncia e possível liquidação
Com sede no Vale do Silício, a 23andMe revelou possuir US$ 277,4 milhões em ativos e US$ 214,7 milhões em dívidas. Seus credores buscam agora autorização judicial para conceder um empréstimo de US$ 35 milhões, o que permitiria à empresa continuar operando enquanto tenta uma nova negociação.
Ainda assim, os danos são consideráveis. Apenas uma semana antes do pedido de recuperação judicial, a companhia já havia perdido 99% de seu valor de mercado.
Além disso, o governo da Califórnia recomendou que os usuários da plataforma solicitassem a exclusão de seus dados e a destruição das amostras genéticas, reforçando a gravidade das falhas de segurança.
Vale a pena fazer testes genéticos caseiros?

Apesar das recentes controvérsias envolvendo a 23andMe, os testes de DNA ainda têm uma utilidade importante para a saúde, a ciência e até mesmo para a compreensão da ancestralidade.
Eles podem identificar predisposições a doenças genéticas, orientar decisões médicas, contribuir para diagnósticos mais precoces e revelar origens familiares muitas vezes desconhecidas — especialmente em casos de histórico familiar fragmentado.
Por outro lado, é fundamental avaliar com cuidado onde esses dados serão armazenados e como serão utilizados. A legislação sobre privacidade genética ainda avança em ritmo lento, o que exige atenção redobrada por parte dos consumidores.
Por fim, quem deseja fazer um teste deve buscar empresas com boa reputação, políticas de segurança transparentes e autorização para operar com dados sensíveis. Informação é poder, mas também exige responsabilidade.

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