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Giraffas busca faturamento de R$ 1 bilhão em 2023 e foca na classe C para chegar lá
A rede Giraffas registrou crescimento após crise na empresa. Confira os planos para aumentar os lucros e fique por dentro das novidades.
No início deste ano, a rede de franquias Giraffas está otimista em relação aos seus resultados financeiros. A empresa registrou faturamento de R$ 804 milhões em 2022, aumento de 23% em relação a 2021 e de 7% frente a 2019, ano anterior à pandemia. Os números foram positivos mesmo mantendo a mesma quantidade de lojas, aproximadamente 380.
Esse foi o primeiro aumento nominal anual registrado desde o início da crise sanitária, e agora a rede de restaurantes se prepara para crescer ainda mais com a venda de marmitas por delivery.
A empresa quer acompanhar as medidas anunciadas pelo governo federal para impulsionar o consumo da classe C, como o aumento do salário mínimo e a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda. O objetivo é atingir a marca de R$ 1 bilhão em faturamento em 2023.
“Quando iniciamos o Giraffas tivemos inflação de quase 100% ao mês. Ficamos meio escolados com isso. Tínhamos um cardápio novo a cada 15 dias. Agora, temos mais expertise para driblar os aumentos de preços”, contou Carlos Guerra, CEO e fundador da companhia, ao Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Dark kitchen
O Giraffas também lançou, no final de 2021, a marca Saffari, que opera como dark kitchen. Ela se concentra na venda de marmitas simples e atualmente funciona dentro das cozinhas de 140 restaurantes da rede, representando entre 10% e 13% do faturamento das lojas.
Os ingredientes e a mão de obra utilizados pela Saffari são os mesmos que já são usados pelos franqueados do Giraffas, mas com um cardápio fixo de seis opções, incluindo pratos como picadinho e bife a cavalo. O delivery em toda a rede corresponde entre 8% e 10% do faturamento, acima do registrado em 2019.
Desde o início da pandemia, os serviços de entrega se tornaram uma tendência nas franquias de alimentação. Algumas companhias no setor, como Carol Coxinhas, Pizza Prime, Boali e China in Box, são exemplos de marcas que complementaram seus negócios com algumas adaptações, mesmo não oferecendo atendimento presencial.
Com base nos resultados positivos da Saffari, o Giraffas tentou lançar outra marca digital focada em hambúrgueres no ano passado, chamada Stouro. No entanto, a percepção foi de que o mercado já estava saturado e a iniciativa foi descontinuada.
Otimismo
Agora, a empresa tem como objetivo se destacar como uma opção diferenciada em relação aos fast-foods convencionais, sobretudo para aqueles que procuram uma refeição simples para o almoço, como arroz e feijão.
Guerra demonstra otimismo em relação às possibilidades desse mercado, que inclui desde trabalhadores de escritório ou home office, até pessoas que estão passeando em um shopping.
“O Giraffas atende as classes A e B, mas sempre esteve atrelado ao crescimento da classe C. Principalmente em momentos importantes dos últimos 20, 30 anos. Estamos animados com a recuperação de renda de um segmento que para nós é muito importante historicamente”, completou o CEO.
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