Conecte-se conosco

Empresas

Goldman se mostra otimista com Vale

Companhia é uma mineradora multinacional.

Publicado

em

Após a recente nomeação de Gustavo Pimenta como CEO da Vale (VALE3), analistas do Goldman Sachs expressaram otimismo em relação à mineradora, embora não esperem mudanças significativas na estratégia da empresa.

Segundo os especialistas, a nova administração pode representar uma nova fase nas relações entre governo e a Vale, o que poderia ajudar a mitigar preocupações dos investidores e alinhar melhor os interesses das partes envolvidas, além de facilitar a resolução de pendências relevantes, como o acordo final da Samarco, a renovação da concessão ferroviária e ajustes regulatórios potenciais.

Os analistas do Goldman Sachs identificaram vários “impulsionadores de valor” para a Vale, incluindo o desenvolvimento contínuo de projetos estratégicos, como Vargem Grande no quarto trimestre de 2024, Capanema no segundo semestre de 2025 e S11D no segundo semestre de 2026, todos aproveitando a infraestrutura existente. Também destacaram melhorias na eficiência operacional, resultado de decisões tomadas desde 2019, e a possibilidade de mudanças regulatórias que podem impactar a operação.

“Estamos vendo um momento favorável nessas frentes, e a gestão espera que isso impulsione a produção de minério de ferro”, afirmaram os analistas. Além disso, há expectativas de redução nos custos de produção, com a meta de deixá-los abaixo de US$ 50 por tonelada, considerando que o custo atual é de US$ 60 por tonelada.

O Goldman Sachs mantém uma recomendação de compra para as ADRs da Vale negociadas em Nova York, com um preço-alvo de US$ 15,90, enquanto as ações atualmente negociam abaixo de US$ 11.

Vale (VALE3)

Por sua vez, o Santander também observou que a estratégia de longo prazo da Vale permanece inalterada sob a nova gestão. No entanto, o banco acredita que, se a empresa superar desafios-chave, as métricas relacionadas à dívida líquida podem ser revisadas, o que poderia abrir espaço para uma distribuição de dividendos maior no longo prazo.

Os analistas Yuri Pereira e Arthur Biscuola, que se reuniram com Pimenta para discutir as condições atuais do mercado e iniciativas em andamento, destacaram a intenção da Vale de expandir a produção para 340-350 milhões de toneladas, focando na melhoria da qualidade do minério de ferro, aumentando a participação em metais básicos, reduzindo custos e investindo em novas tecnologias para aumentar a produtividade sem comprometer a segurança.

Além disso, ressaltaram a importância de manter relações institucionais positivas, garantir licenças para expansão e seguir uma abordagem disciplinada em aquisições, priorizando a alocação de capital em projetos já anunciados, assim como em políticas de dividendos e programas de recompra de ações.

O banco mantém uma recomendação Outperform (equivalente a compra) para a Vale (VALE3), com um preço-alvo de R$ 90, representando um potencial de valorização de 47,6% em relação ao fechamento de quarta-feira (9), que foi de R$ 60,96.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

Publicidade

MAIS ACESSADAS