Tecnologia
Governo fixa prazo curto para edital de projeto energético alternativo
Em 90 dias, ministérios, ANP e EPE terão de apresentar projeto “Poço Transparente”
Sinal de que ‘parece’ mais atento à crise energética, o governo federal estabeleceu prazo de 90 dias para que os ministérios de Minas e Energia e Economia – com o apoio técnico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – publiquem edital de qualificação de projetos baseados no projeto-piloto ‘Poço Transparente’, que consiste na técnica de fraturamento hidráulico para extração de petróleo e gás em terra, por sua vez, combatida por ambientalistas, mas que ainda sofrerá o crivo de consulta pública.
Redução substancial – A iniciativa se inspira em processo similar bem-sucedido nos Estados Unidos, que reduziu muito o preço do gás no país, embora esta seja combatida por ativistas, em razão dos riscos que impõe ao meio ambiente, devido ao uso abundante de água, justamente no momento atual, de escassez hídrica global.
Gás recuperado – O processo de fraturamento tem início quando o poço perfurado recebe uma injeção de uma mistura química composta por água, areia e aditivos sob altas pressões, as quais são responsáveis pelo posterior fraturamento da rocha e a decorrente abertura de fissuras, pelas quais é recuperado o gás natural.
Liberação de metano – Os ambientalistas, por sua vez, alertam para os impactos da atividade sobre o meio ambiente, como a contaminação da água e do solo, além de riscos de liberação do gás metano; consumo excessivo de água (necessário à obtenção do fracionamento) e uso de substâncias químicas, entre outros fatores.
Inclusão no PPI – O ‘Poço Transparente’ já foi incluído no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) para licenciamento ambiental e implantação, pelo qual está prevista a perfuração de um poço horizontal em reservatório de baixa permeabilidade, assim como a aplicação da técnica de fraturamento hidráulico. De acordo com analistas, a ideia do Executivo seria “adquirir conhecimento para produção de petróleo e gás em reservatórios não convencionais”.
Passo fundamental – Em nota, o Ministério de Minas e Energia destacou que “esse é um passo fundamental para o desenvolvimento de novos investimentos em exploração e produção de petróleo e, especialmente, gás natural em terra no Brasil”, além de acrescentar que “a medida tem aderência com o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate) e o Novo Mercado do Gás”.
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