Economia
GPA (PCAR3) investe em logística para turbinar receita
Meta do grupo é ampliar estruturas de entrega e armazenagem
Como um dos passos iniciais do fulfillment (conjunto de serviços para a venda digital) o grupo GPA (PCAR3), controlador do Pão de Açúcar e do hipermercado Extra, anunciou hoje (17) que pretende dar início à venda de seus serviços logísticos, de forma a ampliar a lista de redes que utilizam suas estruturas de entrega e armazenagem, gerando, assim, mais receita.
Coleta de produtos – Como medida prévia, o GPA começou a coletar produtos dos lojistas de seu “marketplace” (shopping virtual), com o objetivo de oferecer aos vendedores os preços das tabelas negociadas com os Correios.
Duas frentes – Em sua estratégia de crescimento para 2022, o grupo pretende atacar em duas frentes: a armazenagem dos produtos dos vendedores em seus centros de distribuição e o uso das 870 lojas do grupo como ponto de coleta e envio de mercadorias dos lojistas. De abril a junho, a venda on-line do grupo atingiu R$ 428 milhões, uma alta de 32% sobre igual período de 2020.
‘Same day’ – Como resultado da criação, há 45 dias, de sua divisão logística própria (GPA Log), o grupo conseguiu reduzir, em mais de um dia, o prazo de coleta, entrega e postagem pelos Correios. No caso de entrega do Rio para São Paulo, a meta da empresa é reduzir o prazo atual, de três dias para 24 horas, o chamado ‘same day’. “Isso tornará viável quando as demais etapas do plano avançarem, a exemplo da armazenagem dos centros da empresa”, prevê o diretor-executivo de logística do GPA, Marcelo Arantes.
Atraso ‘vantajoso’ – “O difícil, neste caso, nem é a logística, mas a separação. Imagine ter que fazer a compra em 15 minutos, que é o tempo máximo para uma venda com prazo prometido de uma hora”, explicou Arantes, ao considerar uma ‘vantagem’ o fato de a GPA estar atrasada em relação às concorrentes, no que toca à venda de alimentos pela Internet (marketplace). “Isso ajuda a empresa a aprender com os erros alheios”.
Venda complexa – Sobre a operação, Arantes esclarece que “a venda de alimento é muito mais complexa do que qualquer outra, pois a forma de acondicionar o produto pode fazer a empresa perder o cliente”, comenta, ao adiantar que a empresa estuda a possibilidade de dar gratuidade aos lojistas, por tempo indeterminado, no serviço de armazenagem nos centros, depois que o projeto já estiver em curso, no ano que vem. A medida do GPA não deixa de ser inovadora, uma vez que marketplaces cobram taxas de comissão sobre venda pelos serviços.
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