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Política

Greve dos Servidores: Governo deve apresentar nova proposta

A paralisação iniciou em 3 de abril.

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O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou ontem que o governo planeja alocar recursos adicionais para atender às demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais, que estão em greve em várias partes do país.

“O governo já indicou que fornecerá recursos adicionais para que possamos negociar com os servidores técnicos e professores não apenas questões relacionadas ao plano de cargos e salários, mas também ajustes salariais para essa categoria”, afirmou Santana. Uma nova proposta deverá ser apresentada na sexta-feira (19).

Durante uma reunião da Comissão de Educação do Senado, Santana abordou a greve dos servidores das instituições federais de ensino, enfatizando os esforços do governo para encerrar o movimento grevista. Ele destacou que o Ministério da Educação não tem capacidade financeira para aumentar a proposta para os servidores por conta própria.

“O orçamento do MEC não comporta nenhuma mudança significativa em termos de pessoal ou salários para servidores. Portanto, será necessário um complemento orçamentário dentro do arcabouço fiscal existente”, explicou o ministro, sem revelar o valor reservado para os professores e servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino.

Greve dos Servidores

Santana indicou que o anúncio será feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que lidera as negociações com os servidores. Ele lamentou a greve e ressaltou que o governo concedeu um reajuste de 9% para toda a administração pública no primeiro ano, após seis anos sem reajuste.

“Para mim, greve é quando não há mais diálogo, quando as negociações terminaram ou não há mais possibilidade de melhorias”, afirmou Santana, observando os prejuízos para o país e os alunos causados pela paralisação.

A greve, iniciada em 3 de abril, conta com a participação de pelo menos 360 unidades de ensino, conforme informado pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Entre as demandas estão a recomposição salarial e a reestruturação das carreiras.

Os professores das universidades federais também aderiram à greve nacional na segunda-feira (15), rejeitando a proposta do Ministério da Gestão. Eles pleiteiam um reajuste salarial de 22,71% em três parcelas anuais de 7,06%. O governo propôs um aumento apenas nos benefícios adicionais, como o auxílio-alimentação e a assistência pré-escolar.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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