Grupo Pão de Açúcar vende imóvel onde funcionava um hipermercado Extra no RJ

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) vendeu um imóvel onde funcionava um hipermercado Extra no Rio de Janeiro por R$ 247 milhões, conforme documento encaminhado ao mercado.

De acordo com a empresa, o referido hipermercado estava localizado na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste da cidade.

Em nota, a rede destacou que com a conclusão das condições previstas em contrato, o valor da transação será integralmente pago pelo comprador durante o 3º trimestre de 2023.

“Além da entrada de caixa, proveniente da venda da unidade onde funcionava a unidade do Extra no Rio, a alienação evitará, aproximadamente, R$ 9 milhões anuais com despesas de manutenção atreladas ao imóvel que se encontra inativo desde outubro de 2022″, acrescenta o texto arquivado na Comissão de Valores mobiliários (CVM).

Também disse que a “operação faz parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”.

E acrescentou que espera, por meio de seu plano de redução da alavancagem, o seguinte:

• concluir a venda de outros ativos não core;
• melhorias operacionais que resultarão na meta de margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada de 8% a 9% em 2024, conforme projeção divulgada por
• meio de fato relevante em 07 de dezembro de 2022;
• e a venda da sua participação remanescente no Grupo Éxito.

Por volta das 12h50 a ação PCAR3 caía 1,01%, cotada a R$ 4,90.

Vale lembrar que o GPA é um dos maiores grupos varejistas alimentares da América do Sul, controlada pelo grupo francês Casino.

Pão de Açúcar (PCAR3)

Para o BTG Pactual, a cisão do Éxito dá um foco maior às operações regionais do Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, mas a empresa enfrenta desafios de curto prazo.

Em relatório encaminhado ao mercado, o banco de investimentos destacou que cortou a recomendação de GPA (PCAR3) de compra para neutra e o preço-alvo de R$ 23 para R$ 7, potencial de alta de 10% sobre o fechamento de ontem.

Os analistas avaliam as operações do GPA no Brasil em R$ 4 por ação e a participação de 13% que mantiveram no Éxito em R$ 3 por ação, chegando ao preço-alvo de R$ 7, um múltiplo de 3,9 vezes o Ebitda de 2024.