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Haddad quer injetar R$ 242,7 bi para melhorar contas públicas
Ministro da Fazenda.
O Ministro da Fazenda Fernando Haddad quer injetar R$ 242,7 bilhões para melhorar as contas públicas. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (12).
Trata-se de um amplo pacote de medidas com a promessa de entregar uma melhora fiscal que, na opinião dele, seria o suficiente para reverter o déficit e recolocar o país no azul em 2023.
Acontece que há uma pressão por parte do mercado financeiro por conta do rombo de R$ 231,55 bilhões, agravado pela PEC (proposta de emenda à Constituição) que autorizou a ampliação de despesas em 2023. A informação é da Folha de S.Paulo.
Conforme o jornalão, Haddad aposta na reversão de desonerações e em medidas extraordinárias para arrecadar mais. Uma delas é um Refis para renegociar dívidas de pessoas físicas e de empresas com descontos.
Haddad
Outro ponto elencado por Haddad em sua fala diz respeito à reoneração parcial de combustíveis, em função de uma compensação fiscal a partir de março. Entretanto, a decisão final apenas será tomada em um segundo momento.
Também disse que a definição será tomada em “momento adequado”, após a nova diretoria da Petrobras tomar posse, e ponderou que o fato de a reoneração estar nos planos do ministério não impede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reavalie os prazos, a depender de uma avaliação política.
Vale destacar que a desoneração sobre esses insumos foi adotada no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro como forma de mitigar efeitos da alta do petróleo e conter a inflação. Após tomar posse, Lula prorrogou, contra a vontade de Haddad, a desoneração para gasolina e álcool até fevereiro e para outros insumos até o fim do ano.
Inflação no radar
Uma das batalhas que o novo governo deverá enfrentar diz respeito à inflação.
Isso porque as cestas de compras de todas as faixas de renda tiveram aumento em dezembro, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O instituto destrinchou os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e aponta que o aumento de preços foi mais intenso para as famílias de renda muito baixa, que ganham menos que R$ 1.726,01.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já tinha divulgado que o índice geral fechou dezembro em 0,62%, enquanto a variação havia sido de 0,41% em novembro. Na cesta de compras das famílias de renda muito baixa a variação mensal foi de 0,71%, acima da média geral, calculou o Ipea.
As famílias de renda baixa e média baixa também tiveram inflações acima do índice geral, com 0,67% e 0,69%, respectivamente. Estão incluídas no primeiro grupo as famílias que recebem entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02. Já no segundo, aquelas que ganham entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04.
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