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Hapvida reporta lucro de R$ 506,8 mi no 1TRI24

Companhia atua no setor de saúde.

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A Hapvida (HAPV3) registrou um lucro líquido de R$ 83,4 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 341,6 milhões no mesmo período do ano anterior. Considerando efeitos não recorrentes, como a entrada de R$ 12,3 milhões provenientes da venda da Maida Health, o lucro líquido ajustado da companhia foi de R$ 506,9 milhões, um aumento de 53,3% em comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,011 bilhão, um crescimento de 59,4%. A Hapvida destacou que este foi o maior Ebitda alcançado desde a fusão com a NotreDame Intermédica. A margem Ebitda foi de 14,5%, um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A receita líquida da companhia cresceu 3,9%, atingindo R$ 6,991 bilhões, impulsionada por ajustes nos valores dos planos de saúde. O tíquete médio da companhia subiu de R$ 236,10 no início de 2023 para R$ 261,10 no primeiro trimestre deste ano, um aumento significativo.

Hapvida (HAPV3)

Apesar dos bons resultados financeiros, a Hapvida enfrentou um “período desafiador” em termos de beneficiários, com uma redução de 1,9% na base de clientes de planos de saúde e odontológicos, totalizando 15,812 milhões de clientes. A empresa justificou a necessidade de recomposição de preços para manter o equilíbrio econômico dos contratos e busca uma carteira mais rentável e sustentável.

A Hapvida conseguiu reduzir sua sinistralidade caixa para 68% no primeiro trimestre de 2024, o menor nível desde a fusão com a NotreDame. No quarto trimestre de 2023, o índice era de 69,3%, e entre janeiro e março do ano anterior, 72,3%. A redução foi atribuída a uma menor frequência de utilização, reajustes de preços, aumento da verticalização e medidas de controle de custo.

A empresa continua aumentando seu nível de verticalização, encerrando o trimestre com 801 unidades assistenciais próprias, incluindo clínicas, hospitais e unidades de medicina diagnóstica. A administração destacou investimentos na racionalização do uso da rede própria, reduzindo a exposição à rede credenciada.

Em relação à dívida líquida, a Hapvida encerrou o trimestre com uma despesa líquida de R$ 256,2 milhões, uma redução de 16,4% em relação ao quarto trimestre de 2023 e de 40,4% em comparação aos três primeiros meses do ano anterior. O caixa líquido da companhia foi de R$ 7,76 bilhões, uma redução de R$ 132,4 milhões em relação a dezembro de 2023, atribuída ao pagamento de principal e juros, parcialmente compensada por rendimentos de aplicações financeiras e fluxo de caixa livre de R$ 613,9 milhões.

As atividades de M&A no primeiro trimestre geraram R$ 34,8 milhões para a Hapvida, incluindo R$ 21,7 milhões da parcela remanescente da venda da São Francisco Resgate e R$ 20,8 milhões pela venda da Maida Health. A dívida líquida terminou o período em R$ 4,392 bilhões, equivalente a 1,13 vezes o Ebitda da companhia, mostrando uma redução considerável de alavancagem comparada ao ano anterior (2,32x). Em 6 de maio, o conselho de administração da Hapvida aprovou uma nova emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão.

A empresa

A companhia é uma das maiores operadoras de planos de saúde no Brasil. Fundada em 1979 por Cândido Pinheiro Koren de Lima em Fortaleza, Ceará, a empresa começou como uma clínica médica e, ao longo dos anos, expandiu suas operações para se tornar um dos principais players no setor de saúde suplementar no país. A Hapvida oferece uma ampla gama de serviços de saúde, incluindo planos de saúde e odontológicos, por meio de uma rede própria de hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnóstico.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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