Heineken vai melhor do que o esperado no 3° tri, mas incertezas para o ano continuam

A Heineken observou desempenho acima do previsto no terceiro trimestre, com um inesperado crescimento nas vendas de cerveja nas Américas, mas afirmou que as indefinições decorrentes da pandemia de coronavírus a impossibilitam de fornecer uma previsão exata para este ano.

A companhia afirmou que prevê um último trimestre cheio de volatilidade, conforme que novas restrições vão sendo impostas por muitos países da Europa, retomando o fechamento de bares e restaurantes. Na Ásia, Malásia, Mianmar e Sri Lanka já estão com novas medidas restritivas em vigor.

Em abril, a segunda maior fabricante de cerveja do mundo suspendeu sua previsão para 2020, à medida que a pandemia afetou o mundo. Nesta quarta-feira, a Heineken avisou que divulgará somente uma visão geral para o resto do ano.

A cervejaria disse que terá lucro menor por volume vendido por causa da migração do consumo em bares para lojas, enquanto os custos possivelmente serão mais elevados do que em 2019.

A companhia disse que já cortou gastos e algumas despesas de capital, e que irá iniciar uma reestruturação de sua sede e de escritórios regionais em 2021, visando reduzir em 20% os custos de equipe.

Os volumes de cerveja da Heineken recuaram 1,9% no geral no terceiro trimestre, em base comparável. Uma pesquisa compilada pela empresa prevê uma queda média esperada de 5,9%.

Nas Américas, os volumes de cerveja subiram 2,5%, com alta aproximada de 10% nos Estados Unidos e no Brasil, onde a Heineken está crescendo após uma aquisição em 2017 que a tornou a segunda maior cervejaria do mercado, atrás somente da Ambev.

Com excessão da Ásia, onde o mercado do Vietnã teve queda, as regiões tiveram resultados melhores do que o esperado.