Ibovespa segue Wall Street e perde os 100 mil pontos

O Ibovespa sucumbe à aversão ao risco dos Estados Unidos e perde os 100 mil pontos. Às 12h45, o índice doméstico registrava queda 1,43%, aos 99.276 pontos. O giro financeiro era de R$ 11,540 bilhões. Nem mesmo os bancos que vinham tentando se manter em alta, resistiram a pressão e seguem no vermelho, aliás, quase todas as ações estavam com declínio.

No mesmo momento, em Wall Street, o Dow Jones caia 2,04%, aos 27.714 pontos, e o Nasdaq, recuava 3,22%, aos 11.088 pontos, puxados pelas ações de tecnologia, serviços de comunicação e de consumo.

Para o economista da Órama Investimentos Alexandre Espírito Santo, o mercado está temeroso com o que pode acontecer. Além disso, ele lembra que o feriado aqui e lá fora já coloca certa volatilidade aos negócios. “Hoje é um dia complicado com viés de feriado. O mercado está medo do que está acontecendo lá fora. Juntando a queda do Nasdaq ontem e hoje, em pontos, é a quinta ou sexta maior retração da história”, ressalta, acrescentando ainda que o mercado lá fora vinha registrando alta “além do razoável”.

Ainda por lá, o relatório de emprego do Departamento do Trabalho, o chamado payroll, mostrou que a taxa de desemprego passou de 10,2% em julho, para 8,4%, recuo mais acentuado do que o esperado.

Por aqui, a reforma administrativa e a cena política seguem no foco dos investidores. “Se a gente sair do trilho da responsabilidade fiscal, teremos um grande problema em 2021. A reforma administrativa foi tímida, a economia deve ser de R$ 10 bilhões por ano, é muito pouco”, avalia, ressaltando ainda que com esse temor é natural o Ibovespa não conseguir sair do patamar de 100 mil pontos

Há pouco, apenas seis ações operavam em alta no Ibovespa, com destaque para Qualicorp, com alta de 4,5%. Já na ponta contrária, a Cia Hering tem a maior queda, de 6,78%.