IGP-M consolida deflação de maio (-1,84%) na 2ª prévia de junho (-1,78% )

Após cair 1,84% em maio e recuar 1,95% na primeira prévia de junho, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) aprofundou ainda mais o processo deflacionário, ao registrar variação negativa de 1,78% na segunda prévia de junho, informou, nesta terça-feira (20), a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para a deflação do indicador desta última leitura – também chamado de ‘inflação do aluguel’ – foi determinante a contribuição do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) – com peso de 60% no IGP-M –  que caiu 2,58%, acima dos 2,21% verificados em igual período de maio.

Também na segunda prévia deste mês, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) – com peso de 30% no índice geral – registrou retração de 0,30%, após subir 0,54% na segunda prévia do mês anterior.

Um terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) – com peso de 10% no indicador – por sua vez, saltou da relativa ‘estabilidade’ de +0,02%, registrada em maio, para uma forte alta de 1,31%.

A exemplo da segunda leitura, o recuo de 1,95% da primeira prévia deste mês havia sido ‘puxado’ pela contração expressiva de 2,74%, exibida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), bem superior à deflação de 1,74%, verificada no mesmo período de maio.

Naquela oportunidade, o IPC-M havia recuado 0,30%, depois de subir 0,64% no mês passado, enquanto o INCC-M acentuou ainda mais a inflação anterior, passando de 0,10% para 0,72%.

Na verdade, o declínio do indicador imobiliário já vinha se acentuando desde abril último, quando deflacionou 0,95%, seguido da queda de 1,84% de maio, acumulando, então, uma queda de 2,58% no ano e de 4,47% em 12 meses.

Já em maio do ano passado, o IGP-M havia aumentado 0,52%, acumulando alta de 10,72% em 12 meses, de onde se conclui que, em abril, ocorreu a primeira deflação do indicador, desde fevereiro de 2018.

Na ocasião, o coordenador de índices de preços da FGV, André Braz acentuou que a “deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA. Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)”.