Imea aponta que 41% dos criadores não irão confinar gado em 2021

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o último levantamento das intenções de confinamento para 2021 no Estado de Mato Grosso referente ao mês de outubro. 138 produtores participaram da pesquisa.

Com a confirmação dos casos atípicos da “vaca louca” em setembro, alguns países consumidores de carne bovina mato-grossense, como a China, suspenderam as exportações. Com isso, a arroba do boi gordo começou a sofrer pressões mediante a conjuntura atual do mercado, e assim registrou quedas no mês de outubro. Em setembro, a arroba era de R$ 300, no mês seguinte já valia R$ 242. Comparado ao ano anterior, o pico de oferta era para ocorrer em outubro.

Aproximadamente 59% dos entrevistados indicaram que confinaram ou pretendem confinar em 2021, enquanto cerca de 41,00% dos entrevistados indicaram que não realizarão o confinamento. Em relação à pesquisa feita em julho, houve uma queda de 5,32%, cerca de 837.770 do volume consolidado. Já em relação ao ano anterior, houve um aumento de cerca de 1,84% do volume consolidado.

Além disso, uma parcela dos entrevistados informou que destinou seus animais ao pasto com o intuito de tardar a engorda através da alteração da fórmula da ração do cocho.

A principal preocupação relatada pelos entrevistados na última pesquisa foi a queda acentuada no preço do boi gordo, que representou 50,00% da amostra. Cerca de 29,00% dos entrevistados expressaram preocupação com os preços dos insumos, principalmente devido à valorização do milho e do farelo de soja.

Analisando as macrorregiões do estado, o maior impacto nessa variação negativa foi na região Sudeste, onde o número de animais caiu 39,31%. Já em relação ao número de bovinos nas regiões centro-sul, médio-norte e oeste aumentou devido esses animais terem uma garantia mais precoce e a entrega se concentrar principalmente no mês de outubro.