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Incentivo à economia pela China leva minério à maior alta em 11 semanas
Enquanto commodity registrou valorização de 1,43% na bolsa de Dalian, em Singapura, o avanço foi de 0,76%
Em alta pela terceira sessão seguida, os contratos futuros do minério de ferro atingiram, na sessão desta quinta-feira (15) a cotação máxima em 11 semanas, ante à expectativa crescente em torno da adoção de medidas de incentivo ao setor imobiliário por parte da China – maior consumidor de aço do país asiático – a despeito do crescimento industrial frágil local.
Como reflexo, o minério de ferro mais negociado para setembro próximo, na bolsa de Dalian (China) subiu 1,43%, a 815,5 iuanes por tonelada – o maior patamar, desde 31 de março – ao passo que o similar com vencimento em julho, na bolsa de Singapura, teve alta de 0,76% para US$ 113,3 a tonelada – nível mais elevado desde 18 de abril. Já as cargas da commodity 63,5% para entrega em Tiajin alcançaram US$ 114 por tonelada.
Ao mesmo tempo, no norte chinês, de acordo com o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou a sessão desta quinta (15) em alta de 0,96% a US$ 115,40 a tonelada, o que corresponde a uma valorização acumulada de 11,8% este mês, além de reduzir, em 1,7%, as perdas acumuladas no ano.
“A demanda (por minério de ferro) permanecerá resiliente no curto prazo, já que mais usinas retomaram as operações, estimuladas por margens melhores”, explicaram, em nota, analistas da Sinosteel Futures.
Ante ao fato de a queda de investimentos imobiliários, no ritmo mais acelerado dos últimos 20 anos, em que as vendas de imóveis por área útil recuaram 19.7% em abril – o banco central chinês (PBoC) decidiu cortar os juros, pela primeira vez, em 10 meses.
Neste caso, a autoridade monetária mandarim baixou em dez pontos-base para 2,65% (em linha com as expectativas do mercado) a taxa sobre 237 bilhões de iuanes (US$ 33,1 bilhões) em empréstimos de médio prazo em um ano para algumas instituições financeiras. Resta saber se o ‘alívio’ do governo de Pequim será suficiente para a retomada do investimento, em especial, no setor imobiliário, que enfrenta problemas de demanda fraca e alto endividamento por parte das incorporadoras.
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