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Economia

Incertezas sobre oferta e ‘ajuda’ de Pequim induzem alta do minério

Enquanto commodity subiu 2,56% na bolsa de Dalian, em Singapura avanço foi de 1,54%

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Em continuidade à trajetória de recuperação, mesmo ante preocupações persistentes quanto à oferta, em contraste com ‘esperanças’ de melhoria na demanda do setor imobiliário da China, as cotações futuras do minério de ferro registraram alta firme, na sessão desta sexta-feira (10).

Na bolsa de Dalian (China), a commodity, para janeiro próximo, exibiu avanço forte de 2,56% a 961,5 iuanes ou US$ 131,84 a tonelada – maior valor desde agosto de 2021 – ao passo que o insumo siderúrgico para dezembro deste ano, na bolsa de Singapura, cresceu 1,54% a US$ 127,1 a tonelada, patamar mais alto desde 21 de março.

A arrancada do minério teve plano de fundo a expectativas de que ocorram novos cortes nas taxas de juros, pelo bc chinês (PBoC), tendo em vista garantir liquidez suficiente ao combalido e complexo setor imobiliário mandarim, sem contar as reiteradas preocupações quanto a eventuais interrupções no fornecimento da commodity, admitiu o analista da corretora FIS, Pei Hao.

No paralelo, também contribuiu para o otimismo do mercado o anúncio do governo, no sentido de apoiar o mercado imobiliário local, sem contar a solicitação das autoridades chinesas ao Ping An Insurance Group, para que esta assuma o controle acionário da incorporadora em dificuldades Country Garden.

“Não se espera que haja um ‘pouso forçado’ no setor imobiliário no quarto trimestre, após alguns sinais positivos. Mas o impulso não durará muito tempo, pois as interrupções no lado da oferta devem ser temporárias”, acrescentou Pei.

Ao mesmo tempo, a Companhia Vale do Rio Doce (VALE3) divulgou a ocorrência de um incêndio em um trem de carga no Maranhão, acirrando os temores em relação a uma eventual suspensão de fornecimento do minério, ainda que a mineradora brasileira tenha garantido que não haveria qualquer impacto na produção trimestral. Outra notícia que abalou o mercado foi o anúncio, por parte dos trabalhadores australianos da BHP, de que teriam aprovados planos de ação que incluiriam paradas de trabalho.

Já em relação à China, analista admitiram a possibilidade de riscos de baixa crescente da commodity, em decorrência de uma provável supervisão de Pequim sobre a atividade siderúrgica, aliada à queda de demanda no inverno.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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